segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sobre panelas e tampas...


Ok, eu concordo que ser solteiro hoje em dia não é bolinho - e olhe que tenho adquirido bastante propriedade para falar sobre o assunto -, mas acho que protestos e passeatas contra a solteirice são, digamos assim, "um pouco demais para a cabeça". A primeira informação que tive sobre a Marcha dos Sem Namorado, que aconteceu ontem no Parque do Ibirapuera, foi a de que seria um protesto exclusivo "de garotas". Rapidamente me programei para marcar presença e preparar um mega post bem-humorado para o Garotas - afinal visualizei centenas de mulheres indignadas, vestindo camisetas com frases espirituosas e criativas do tipo "Cansei de homens de segunda" e "Quero homens de primeira já!". Não seria uma pauta perfeita para este blog? Pois bem, mas minha empolgação jornalística-feminista durou pouco: logo depois descobri que o tal evento era para solteiros em geral, de ambos os sexos. Ficou, então, uma dúvida no ar: mas que raios de protesto é esse? Protesto, pra mim, é contra alguma coisa bem objetiva. É um ato de indignação, ora bolas! Não consegui entender exatamente qual seria o motivo dessa marcha... Abaixo a solteirice? Não faz sentido! Bom, mas mesmo assim tomei coragem, espantei a preguiça dominical, peguei o meu bloquinho e fui (atrasadíssima, como de costume) para o Ibirapuera acompanhada de uma amiga. Rodamos, rodamos, quase fomos atropeladas por inúmeras bicicletas desenfreadas, rodamos mais um pouco e finalmente alcançamos a tal passeata, que já estava literalmente "nos 45 do segundo tempo". Nada de cartazes, nada de gritos de protesto: apenas um aglomerado de pessoas caminhando e uma penca de fotógrafos disparando flashes para todos os lados. Respiramos fundo e nos jogamos na marcha dos sem rumo atrás de informações. Demos cinco passos e clic!, lá estávamos nós duas em primeiro plano na fotografia de algum repórter - para desespero de minha amiga, que é casadíssima e teria de enfrentar uma crise conjugal caso a imagem estampasse algum jornal no dia seguinte. Enfim, continuamos caminhando no meio da galera e eu comecei a tentar puxar conversa com alguns participantes. De início, ninguém quis assumir que estava ali por causa do movimento. "Acabei de chegar e nem sei o que está acontecendo aqui", foi o que mais ouvi. Instantes depois, encontramos um jornalista simpático que forneceu o telefone de uma das organizadoras do evento e resumiu a passeata em apenas uma frase: "Foi uma espécie de micareta, só que de solteiros". Segundo ele, o clima de paquera estava fortíssimo, e em vários momentos do percurso rolaram aquelas rodinhas de gente gritando "beija, beija!" em volta de possíveis futuros casais. Olha que genial! Segundo a organização do Movimento dos Sem Namorados - que tem site na Internet e até assessoria de imprensa! -, mais de 3 mil pessoas participaram da marcha de ontem - e desse total, saíram cerca de 53 casais formados. Eu, no entanto, confesso que achei o evento bem de segunda. De primeira mesmo, só a sacada de marketing desse tal site ParPerfeito, que com a organização dessas duas inusitadas passeatas - uma no Rio e essa em SP - conseguiu destaque em toda a imprensa nacional. E você, o que achou da Marcha dos Sem Namorado? Acha que é batendo na panela que se encontra uma tampa das boas?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Acupuntura no prato


Lembro bem do dia em que vi pela primeira vez, ao vivo e a cores, uma vaca sendo "assassinada" bem na minha frente. Eu estava numa cidadezinha chamada Portalegre, interiorzão do Rio Grande do Norte, participando de um projeto da universidade, e fiquei absolutamente chocada com a cena: o animal foi abatido com uma marretada no crânio, e agonizou por um tempo razoável. Depois de presenciar o horror, fiquei sem conseguir comer carne por algum tempo, remoendo o que tinha visto. Lembrava do estresse da vaquinha poucos segundos antes de morrer, tentando fugir, aflita com seu cruel desfecho, e passei a sentir um misto de culpa e revolta toda vez que via um bifão sangrento em um prato qualquer. Mas a verdade é que a fase vegan consciente durou pouco. Apesar de ter uma mãe vegetariana há mais de 25 anos, sou do time dos "carnívoros", no entanto confesso que admiro profundamente quem opta banir a carne de seu "menu pessoal". Isso porque acredito, sim, que todo o pânico do animal antes do abate fica em sua carne - e, consequentemente, vem para o nosso prato. Por este motivo, achei interessante a notícia de que uma empresa japonesa desenvolveu uma técnica de acupuntura para peixes que vão virar sushi e sashimi. A idéia é que eles fiquem "mais relaxadinhos" antes de morrerem... Não é demais? Agora a técnica podia ser utilizada também para outras carnes! Pelo menos, isso talvez fosse capaz de diminuir o remorso de vegetarianas frustradas como eu...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O cortejo



Fazia anos que eu não via um caixão. Sabendo que ali dentro tem gente. Pois sábado passado, em Paraty, passou um cortejo fúnebre pelo Centro Histórico. Tarde de sol. Eu estava numa mesinha de bar, tomando uma caipirinha, de repente olho e vejo, na esquina, um caixão, carregado pelas alças por quatro homens, seguidos por mulheres com flores nas mãos e véus na cabeça, em um monte de gente atrás. Na cidade grande a gente não vê esses rituais, que, de alguma forma nos fazem lembrar dos ciclos da vida. Lembro de uma reportagem que fiz uma vez sobre o luto. Uma psicóloga especialista no tema me dizia que, hoje, as pessoas tem mais dificuldade em superar o luto, porque a morte ficou distante, em velórios tercerizados e produzidos. Outro dia li sobre uma empresa que tem um buffet para velórios vip, com comes, bebes, e lembrancinhas! Não se vela mais o ente querido na sala de estar. Nem na igreja. Segundo a psicóloga, essa proximidade, antigamente, ajudava a elaborar a perda. Uma coisa é "beber" à memória de quem se foi, lembrando dos bons momentos em vida. Outra é criar uma despedida fria e fake. No México, o Dia dos Mortos é uma festa colorida, com muita tequila, flores e catrinas sorridentes (caveiras), até em forma de docinhos. Bebe-se em memória dos amados, lembrando que a morte pode estar na esquina. Como o cortejo que passou, e me pareceu tão humano...

terça-feira, 5 de maio de 2009

No divã com a diva

Logo mais, às 21h30, essa diva queridíssima aí da foto vai estar brilhando e arrasando no palco do Bourbon Street Music Bar (quem acompanha o Garotas já sabe que Luciana Alves é uma cantora absolutamente de primeira e amiga muito, muito especial). Sendo assim, resolvi convidar a estrela da noite para participar do nosso Quiz GS:

1 – Minha definição de segunda-feira:
Dia de (re)começar na academia...

2 – Uma receita de primeira com ingredientes de segunda:
Patê de fois gra! (o fígado de um pobre ganso sofredor!)

3 – Uma balada de segunda(-feira):
Pôr em dia o sono atrasado de um fim de semana muito animado...

4 – “Parece de segunda, mas é de primeira”:
Saber cantar "Dancing Queen" do ABBA.

5 – “Parece de primeira, mas é de segunda…”
A loja da Daslu (parece de primeira??)

6 – Uma pessoa de primeira:
Michelle Obama!! Deve ser muito de primeira, essa.

7 – Uma attitude de quinta:
Preconceito.

8 – Um programa de quinta:
Ter que levar os sobrinhos amados no show do High School Musical.

9 – Um dia em que eu me senti de segunda:
O dia que começou com uma briga com o namorado, seguiu numa discussão com o gerente do banco e terminou com um baita escorregão no meio da rua!

10 – Um antídoto contra a TPS (Tensão Pré-Segunda):
Cantar!!

Luciana Alves, 32 anos, é cantora e vai se apresentar hoje, terça-feira, no Bourbon Street Music Club, a partir das 21h30. Se você, como eu e Rosane, é fã da boa música brasileira, preste muita atenção nesta dica de primeira: O SHOW É IMPERDÍVEL! Nos vemos lá!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pra semana




"Terça é o dia mais sem-graça que existe. Sem a gravidade
de uma segunda-feira, dia de remorsos e decisões."
Luis Fernando Veríssimo, ontem, no Estadão


Também não sou lá muito fã das terças. Gosto das quintas. Ainda há tempo últil para fazer o que falta e o fim-de-semana se aproxima... E o seu dia de semana preferido, qual é? E por quê?