sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Desculpas de sexta



Queridos leitores de primeira: Paloma está no Rio e eu em outro planeta. Por isso a atualização desse blog anda tão de quinta. Mais por falta de tempo do que de assunto. Prometemos melhorar! E, para quem quiser brincar um pouco de ler a sorte no Dia das Bruxas, deixo aqui o link da bruxastróloga Zoe de Camaris. Basta clicar em "Oráculo", fazer a pergunta e tirar uma carta do seu tarô virtual, que tem conselhos espertos. Não custa tentar, já que, diz a lenda, hoje os portais ficam (mais) abertos... Muitas travessuras e gostosuras no fim de semana. Té segunda!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Iguaria mega de primeira!


Primeiro você se descabela para encontrar uma vaga de estacionamento. Em seguida, encara uma fila razoável para fazer seu pedido. Por fim, disputa a tapas e cotoveladas um cantinho, por menor que seja, no balcão abarrotado de clientes. Sim, quando o assunto é o sanduíche de mortadela do Bar do Mané, localizado no Mercado Municipal Paulistano, tudo isso vale a pena. Não é de hoje que eu planejava escrever sobre o quitute, um super clássico dos clássicos da gastronomia de São Paulo que tem absolutamente TUDO A VER com este blog, mas só no último sábado consegui me programar para encarar o caos do centrão e mais uma vez (ô dureza!) provar a delícia – desta vez especialmente para o Garotas. Pois bem, bastaram apenas alguns minutos no local (e uns goles de Original geladíssima!) para que eu me sentisse em casa, e quando me dei conta já estava papeando como uma velha amiga com todos os funcionários e clientes adoradores do sanduba - não só pela cara-de-pau que me é característica, mas também por estar maravilhosamente acompanhada pelo namorado-amado-gringo-quase-paulistano, que rapidamente se encantou pelo ambiente de primeira e, após se desdobrar em elogios ao recheio farto e saborosíssimo, prometeu recomendar a iguaria in english em seu blog. É o sanduíche do Mané ganhando o mundo! Pudera, né gente? Cada lanche tem cerca de 350 gramas de mortadela e sai por apenas R$ 8 (a versão tradicional, fria e sem queijo). Não é por acaso que aos sábados, segundo o funcionário Leandro Lima (esse aí da foto, mega simpático!), mais de mil pessoas passam pelo local. “Os clientes adoram”, diz ele, a prova-viva de que o sanduba não enjoa – come um por dia, religiosamente. E trabalha na casa há nada mais, nada menos do que oito anos...

Ficou com vontade? Vai lá!

Bar do Mané
Rua da Cantareira, 306 (E-14)
Mercado Municipal Paulistano
Fone: (11) 3228-2141
Abre todos os dias, das 4h às 17h
http://www.bardomane.com/

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Muito além de um clássico dos botecos!


Tem expressão que, por si só, diz mais do que mil palavras. É o caso de “coxinha”, termo absolutamente rico e versátil que pode imprimir uma série de impressões, adjetivos e demais rótulos para pessoas, atitudes e comportamentos. Coxinha pode ser, por exemplo, “certinho”. Pode também ser “careta”, ou “nerd”. Pode ainda ser “chato”, “sem graça”, “sem sal”, “puxa saco” ou qualquer coisa nessa linha. Fala sério, você não possui diversos coxinhas em sua vida? Ou, pra ser mais filosófica e profunda: você não acha que todo mundo tem seus momentos de coxinhice? Eu tenho vários, admito. E também confesso que vivo usando termo “coxinha” em meu dia-a-dia. Acho sonoro, prático e bastante apropriado, visto que nunca se sabe exatamente o que a pessoa realmente quer dizer quando dispara que fulano ou cicrano é "coxinha demais". Fica sempre uma interrogação no ar... Estratégico, né? Só não faço a menor idéia de como e quando o salgadinho frito e recheado de frango desfiado, clássico de todo e qualquer boteco de primeira, de segunda e de quinta, foi associado ao comportamento humano... Esteticamente falando, a coxinha é tão básica! Forma de gota, douradinha... Fora que é saborosíssima! Por que então virou expressão de gente certinha e sem graça? Você tem alguma teoria?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Frase do dia



"Devido às quebras de bancos, queda nas bolsas, cortes no orçamento, à crise nos combustíveis e pelo racionamento mundial de energia, informamos que a famosa 'luz
no fim do túnel' está temporariamente desligada"
(Anônimo)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Amor e tragédia


Nesse fim de semana fiquei grudada na Anita, minha filha de 5 anos. Fazia tempo. Sem o pai em casa, dormimos juntas os dois dias, levei os DVDs de "A Pequena Sereia" e o "Natal dos Pôneis" para ver no meu quarto. Também curtimos juntas o DVD do show da Amy Winehouse (ela adora o trecho "no, no, no" da música Rehab!) enquanto eu arrumava gavetas e ela desenhava. Festa na minha cama, com pipoca, beijos e abraços e carinhos e "concursos" de declarações do tipo: "Eu te amo um milhão e mais que tudo, mais que o infinito e todas as estrelas e os planetas e o infinito do infinito...". Hoje, acordei mais cedo, e, antes de levantar, fiquei um tempinho olhando para Anita, adormecida e bela, no seu pijama rosa de carneirinhos. Mais tarde, a caminho do trabalho, o desfecho triste do seqüestro da menina Eloá na CBN. Senti uma dor imensa pela mãe de Eloá. Quantos beijos, quantos vestidinhos, histórias de fadas, xaropes para tosse, bonecas, sorrisos, desenhos, um futuro em branco... tudo perdido. Segunda-feira trágica. E algumas questões no ar: Como impedir que uma menina se envolva amorosamente com alguém aos 12 anos? Como saber se esse namorado não é um maluco? Será que, em três anos, ele não deu sinais de desequilíbrio? E como fazer essa nossa polícia de segunda, um dia, ser de primeira?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Horário de primeira

Horário de Verão me lembra calor, que me lembra sol, que me lembra praia, que me lembra amizade, que me lembra brinde, que me lembra celebração, que me lembra Natal, que me lembra família, que me lembra amor, que me lembra alegria, que me lembra alívio, que me lembra recomeço, que me lembra ano novo, que me lembra esperança... É por essas e outras que estou radiante diante do fato de ter que adiantar os relógios à meia-noite deste domingo. Porque mesmo quando tenho que levantar cedíssimo (e olhe que madrugar tem sido uma constante em minha vida nos últimos tempos!), sei que ainda chegarei em casa vendo alguns raios de sol no céu, e isso me dá uma sensação de profunda felicidade! Adoro as tardinhas, e durante esta época do ano tenho a sensação de que elas ficam mais longas, mais belas e coloridas... Por este motivo (além de algumas outras cositas más), passei os últimos dias contando os minutos para este final de semana... E você, também acha que o horário de verão é de primeira?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"Eu e Elymar"



Seu eu ainda tinha alguma dúvida, alguma crise de consciência, ontem à noite me assumi: sou mesmo uma legítima garota de segunda. Preparem-se, porque a revelação é forte: eu fui ao show do Elymar Santos. No Bar Brahma. Explico: ele tinha gravado uma música de uma superamiga minha, a Isolda, compositora das grandes, autora de vários sucessos do Rei, como "Outra Vez". O cantor faria uma homenagem a Isolda, pelo sucesso da canção "Procura-se" (Procura-se um grande amor, que ainda tenha tempo para ser feliz...), em seu mais recente CD. Eu nunca tinha ouvido essa música. Tampouco sabia muito do Elymar, além de que ele usava uns modelitos ciganos, tinha um rabo de cavalo, e cantava umas músicas à la Wando. Mas fui, para encontrar e prestigiar a amiga.

Bom, convidei outra amiga que tem um pé no lado B da vida, a Auci, consultora deste blog, aliás (ela é a ruiva comigo na foto, ali em cima). Rumamos as duas para o centrão. Eu não sabia: era aniversário do Elymar, gente! O Bar Brahma estava bombando. Muitas senhoras louras e homens de terno. Muitas mesas de mulheres munidas de máquinas digitais e letras do Elymar na ponta da língua. A biografia do cantor impressiona: quando era um simples crooner, ele vendeu tudo o que tinha, alugou o Canecão e fez um show. "Ele apostou tudo nele mesmo", me contou Rita, uma das amigas de Isolda. Pois ele conseguiu lotar o Canecão. Foi a partir desse show que seu nome ficou conhecido e a carreira do cara deslanchou.

Depois de alguns choppes e iscas de picanha puxada no molho madeira (ótimo petisco, por sinal), eu já estava curiosa para conhecer essa lenda, ao vivo. E lá vem Elymar Santos, sob o foco de um holofote. Um pouco diferente do "Elymar que eu conhecia": de terno preto, brilhante, com um tecido tigrado. Delírio na platéia. A primeira música era um hit, que dizia algo como "Vocês também são estrelas". Depois ele cantou umas mais cults, como "O Mundo é um Moinho", do Cartola, aquela do palhaço, do Antonio Marcos, "La Barca" e outros boleros. Não se pode negar: o cara tem uma puta voz, e domina o palco. Mas a coisa pegou mesmo nas músicas, digamos, mais calientes. Num momento único, ele deu uma viradinha, ficou de costas, abriu o paletó e voltou com a camisa estampada aberta e o peito aparecendo. Delírio na platéia 2! As letras também ficaram mais ousadas: "O amor que a gente faz é diferente, ninguém me teve direito, ninguém foi tão perfeita...". Ele cantou ainda "Amor sem censura", "Paixão voraz" (tocando castanholas!) ... e eu e Auci, já que ali estávamos, nos divertimos de verdade. A noite acabou em clima de Carnaval.

Pena que a homenagem a Isolda não rolou, porque no meio do show ela precisou ir embora (e o cantor foi avisado), mas a música "Procura-se" está aí, no vídeo abaixo, na abertura de um dos shows do Canecão. No fim, o que fica é o tema que motiva esse blog: tudo o que é autêntico tem seu valor. Elymar Santos é brega --no bom sentido. Se é que vocês me entendem... Ele não canta aquelas melodias e letras bobocas dos pseudo-sertanejos, nem as vulgaridades dos axés da vida. Ele é o brega bom. O brega legítimo, portanto, kitsch. Brega de primeira. Ou eu nem teria ido. E não é que a vida dele, ano que vem, vai virar filme?



ps: As noites do Brahma, aliás, tem valido como um MBA no meu currículo de garota de segunda. Recomendo a programação, principalmente o Cauby Peixoto, às segundas, para quem gosta do gênero!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A restolândia de dona Canô


Na casa de dona Canô, segunda-feira é dia de "restolândia" no almoço. É o que diz Isaura, funcionária da casa dos Velloso, em Salvador, à repórter Karla Monteiro, que assina um perfil delicioso da mãe de Betânia e Caetano, na revista de domingo do jornal "O Globo" (de 5/10). Delícia também deve ser o livro de receitas de dona Canô, "O Sal é um Dom" (ed. Nova Fronteira), organizado pela filha Mabel (a terceira da prole de oito) a partir de um caderninho escrito à mão. Na reportagem, Mabel conta que dona Canô disse essa frase a Rodrigo, outro dos filhos, enquanto explicava uma receita, por telefone: "Ah, meu filho, o sal é um dom". Ou seja, os ingredientes são os mesmos, mas o tempero é coisa de cada um. Ah, quando eu crescer e tiver 101 anos, quero ser sábia e doce como Dona Canô. Em outras aspas, a matriarca diz que, na família Velloso, todo mundo nasceu com a "cabeça cheia de música e o estômago cheio de fome". E, quanto à restolândia, naquela segunda-feira tinha siri, sururu, carne de panela, lingüiça, costelinha... Ou seja, porções de tudo o que havia no domingo, requentadas, e com o tempero mais curtido. Afinal, nada como o sabor de algumas comidinhas amanhecidas... Feijão bem temperadinho, cozidos apimentados... Tem coisa mais de segunda --e mais de primeira? Qual é a sua restolândia favorita?

Visita de primeira


Que fique bem claro: esse post nada tem a ver com chacota. Absolutamente! Quem me conhece sabe que sou uma pessoa que respeita todo e qualquer papo 'místico', por assim dizer. Por isso, sou do time dos que adorariam ver uma nave no céu amanhã, dia 14 de outubro de 2008, conforme anunciado no vídeo abaixo. Sério. Estou super torcendo, até porque quando o assunto é ET, na hora me vem à mente a imagem daquela fofíssima criaturinha do filme do Spielberg, toda emboladinha num pano branco, voando na bicicleta, com a enorme lua ao fundo. Tão lindo! Não seria super de primeira descobrir que existem, sim, seres extraterrestres capazes de nos ajudar a construir um mundo melhor? Eu acho a idéia o máximo, e bastante pertinente. Por este motivo, vou olhar para o céu amanhã, esperançosa, em busca de algum sinal. E você?


PS: Vale ressaltar que, já de antemão, nossos amigos intergaláticos estão se mostrando bastante inteligentes e sensatos: aparecer por aqui numa segunda-feira, nem pensar...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Da água pro vinho!


Adoro o meu apê, meu cantinho, mas ultimamente tenho sentido uma raiva danada do frio de segunda recorrente que sinto quando estou em casa. Sim, o clima de São Paulo não tem colaborado (São Pedro menos ainda), mas de uns tempos pra cá, sinto que passo mais frio dentro do apartamento do que fora dele. Essa semana, por exemplo, tem sido assim. Aí, quando nem banho quentinho, nem blusa de lã dão conta do recado, apelo para o vinho. Básico! Uma tacinha e tudo fica mais, digamos, morninho! Quem sofre é o meu bolso, claro, já que vira-e-mexe tenho que dar um pulinho no mercado da esquina para adquirir mais uma garrafa (se eu virar alcoólatra, gente, vocês são testemunha de que a culpa não é minha, é do frio!). Enfim, mas hoje li uma matéria no UOL que me deixou bastante esperançosa: moradores de uma cidade na Itália foram surpreendidos quando perceberam que ao invés de água, as torneiras de suas casas estavam jorrando vinho branco. Não é o máximo? Você chega exausta do trabalho, percebe que não tem nem mais uma gota de qualquer bebida capaz de amenizar a sensação de pré-congelamento, sente preguiça de ir ao Pão de Açúcar (ou está em um puto na carteira), abre a torneira e pum!, se dá conta de que a Sabesp resolveu te presentear com um vinho de ótima qualidade - sem contar que o serviço ainda é tipo delivery! Que maravilha! Não por acaso, os italianos da cidade de Marino acharam que se tratava de um milagre (leia a matéria clicando aqui). Será que algo desse naipe também vai acontecer aqui na Babilônia? Tô torcendo... Esse sim seria um "erro" de primeira, né não?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A frase


A melhor sacada foi da Didi, minha assessora para assuntos domésticos e aleatórios, ontem à tarde, antes de encarar uma viagem de metrô até Itaquera para votar "no Kassab, porque ele não vai aumentar a passagem". Sei... Eu é que começo a avaliar uma hipótese se suborno: aumentar a verba de transporte dela, para ver se no segundo turno a coisa muda de figura.
E disse Didi: "Eles pegam bem o nosso dia de descanso... Já que tem que votar, por que não marcam logo na segunda-feira, e dão feriado pra todo mundo?"
Eu, particularmente, gosto de votar. Mesmo sem muita esperança, gosto do clima, da movimentação, mas ela tem razão: já que o voto é obrigatório, por que não lançar um feriado eleitoral? Bem na segunda-feira. Eu voto na Didi!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

E o veredicto é...


Em tempos de Lei Seca, ser vizinha de boteco é luxo. Ontem, fui com minha parceira de primeira e seu maridón provar um clássico petisco geralmente comercializado em praças e ruas da capital paulistana: o churrasquinho grego, que agora também pode ser apreciado no boteco que abriu na esquina de casa, o Veredicto. Pois é, agora sou duplamente sortuda: posso beber sem medo de ser presa e comer sem medo de ter dor-de-barriga! Não por acaso, o sanduíche foi batizado de Praça da Sé e é um dos carros-chefes da casa, inaugurada há 20 dias no bairro do Sumaré. De acordo com um dos proprietários, José Gonçalves, a iguaria é preparada com carne de primeiríssima e tem feito sucesso absoluto entre os clientes. Eu nunca tinha provado um churrasquinho grego na vida, com receio de devorar um gato com vinagrete em pleno centrão de São Paulo, mas ontem realmente me deliciei com o lanche, que sai por R$ 12,50 - tudo bem, na Praça da Sé certamente o preço é bem menor, mas o cenário não é tão charmoso (e a carne, não tão confiável)! Concorda? Por isso, o meu veredicto para o sanduba é: APROVADO! Nota 10! Ficou com água na boca? Vai lá!

Veredicto Bar
Rua Apinajés, 1523 – Sumaré – São Paulo/SP
Fone: (11) 3873-0990

Quarta de primeira



E hoje, sete da noite, vai rolar um programa de primeira na Livraria Sobrado, em Moema. Muita gente já me falou dessa livraria, que é um charme e tem um espaço bacana para eventos literários e afins. Pois é lá que acontece o show "Jorge Amado: Amor e Mar", um dos mais bonitos do projeto Canto Livro, idealizado pelo compositor e cantor Jean Garfunkel. São pockets temáticos, em que os textos saem dos livros para encontrar canções afinadas com a obra do autor em questão: no caso de Jorge Amado, as letras e melodias são de Dorival Caymmi, na interpretação de Jean e Joana Garfunkel. Para entrar no clima, fica aqui registrado um momento único de Tom Jobim e Gal Costa, nos ensaios da trilha do filme "Gabriela" --essa, do Tom. E logo mais, no show, tem "Modinha para Gabriela", do Caymmi, e tantas outras canções de mar, amor e saudade, que ilustram a obra e a Bahia de Jorge (para sempre) Amado.