Eu só lembro de estar ouvindo "Don't worry, be happy", com a Mart'nália, quando tudo parou: meu colo bateu forte na direção, minha filha rolou do banco de trás para o chão do carro, começou a sair fumaça do capô. Bati. Feio. E do jeito mais de segunda: na traseira. Chovia muito-muito em Paraty neste feriado. A ponto da Anita soltar essa pérola: "Se eu fosse a chuva, não choveria tanto...". Fiquei esperando passar o temporal, ficou tarde, e a chuva não parou de chover... Saí de noite, e naquele trecho, perto de Ubatuba, estava seco. Foi quando relaxei, Anita deitou para cochilar, e vacilei. O Passat 2008 da frente reduziu, para passar numa valeta, e eu não reduzi. Pow! O carburador furou, não dava para seguir. O dono do carro, que foi um
gentleman, e se chama "Newman" (nunca conheci ninguém chamado assim, além daquele ator, Paul Newman), me deu carona até um posto 24 horas ali perto, para aguardar o socorro do seguro (ter seguro, aliás, é a única coisa de primeira nessa história). No caminho, imaginava o cara pensando: "Que mulher maluca!". De volta ao carro, quase meia-noite, ao lado do guincho, esperando o táxi do seguro, fiquei pensando na bobagem toda e no que aquilo tudo queria dizer: "Desacelere", foi o que me veio. Talvez por ter lido um post no blog da
Valéria, "Luz no Fim do Túnel", dias antes. Foi a coisa mais inteligente que li sobre a crise até agora: que a crise é a luz no fim do túnel, porque o mundo está acelerado, e será obrigadao a desacelerar e se reinventar. Sorte que nem eu nem Anita nos machucamos. Sorte que tive para quem ligar E chorar. E reclamar. Sorte que tudo acabou bem. E hoje, segunda-feira, já estou mais
slow motion... Sem nem saber ainda a conta da oficina! E você, já deu (ou levou) uma batida de segunda, ou de quinta? O que a batida quis te dizer?
12 comentários:
Já e uma com meu filho também, na hora a gente só pensa neles né?
É uma droga. No meu caso o ônibus pegou o meu carro de lado, sorte que nada aconteceu com a gente. Fico feliz que com você também não.
Mil bjs boa sorte.
ja levei e dei muitas batidas nesta vida, minha cara! e quase todas de sexta!
parabéns pelo espaço, excelente!
abraços!
bom, levei uma baita batida... essa foi de primeira mesmo! o safado fugiu e eu me senti o ayrton senna: dei a ré e saí cantando pneu atrás dele! consegui fechá-lo mais a frente cobrei: "amigo, não me leve a mal, mas se não percebeu, vc acabou com a lateral do meu carro... vamos resolver?"
essa batida me disse que é bom correr atrás dos meus direitos e mostar para um "filinho de papai" que o nome não o salva das responsabilidades!
ver um blog tão divertido e inteligente só faz com que eu me orgulhe da profissão. tomei a liberdade de linká-las!
bj grande da fê =D
foi o comentário mais otimista que já vi na vida acerca de uma batida... light e muito elegante...beijo e boa semana pra vc e pra anita...
batida de segunda, mas a motorista continua de primeira!
È isso aí Rô!
eu não!!
mas meu irmão já teve.. e de segunda!Ele q foi o errado de tentar ultrapassar uma carreta.(pela contramão),putzz^^..veio o outro carro e bateu no carro dele..(aliás, da empresa onde trabalha)..
resultado:
três a quatro pontos na testa..e uma ano pagando o conserto do carro!!!
^^
comigo foi diferente.
tive uma atitude de primeira com uns ladrões de segunda em uma quinta feira.
chegando em casa as 5 da matina, dois caras em uma moto me abordam.. e me fazem abrir o carro... no que eu abrir, quando eles iam entrar eu arranquei com as portas abertas... ele me perseguiram e eu parei e deu ré em cima deles... quase peguei um.
kkkkkkkkkkkkkkkkk
Ai, Rosane, que susto e que perigo! Ainda bem que não foi nada.
Aqui em casa, a gente nunca viaja de noite. Aprendi com o pai das crianças, super-cuidadoso. É verdade que às vezes, as eles viajam com os pais de amigos... à noite. Não posso controlar. Mas rezo forte nessas horas.
Vi foto da Anita no blog da Ita, ela tá linda!!!
Espero que esteja tudo bem, passado o susto. Beijoca,
Vidinha:
pois é, eu so pensava na anita, se acontecesse algo com ela, meu deus... voce e seu filhote tambem tiveram sorte
Pablo:
batida de sexta/ uau! essa eu ainda nao tenho no meu curriculo da porto seguro, e olha e ele é extenso... gostei do teu blog tambem
Casalqseama:
ta vendo, ate batida serve para alguma coisa...
que bacana um casal tao assumidamnte apaixonado, valeu a linkada, vou passear por la tambem
Ricardo:
obrigada! bom te ler por aqui. o que nao foi nada light foi a conta da oficina, mas vamos nessa: afinal eu bati ouvindo dont worry, be happy...
ita, teus elogios e os meus a voce ja sao café com leite... rasgacao de seda, mas nao das suas, que seria um pecado!
Kkel: digamos que seu irmao é um sobrevivente...
cruela: voce foi cruel com os moços, hein?
Valeria: depois dessa eu tabem nao viajo mais de noite. nem com chuva. ce viu a anita que fofa? bom te ver por aqui
beijos mil a todos
Rô, fico contente que você não se machucou e nem Anita.
E sim, eu já tive uma batida de quinta. Foi ridículo. E paguei o maior mico.
Eu ainda morava em Sampa e fui entrevistar uma especialista em organização de armários, na casa dela. Como a rua era complicada para estacionar e o carro dela estaria no lava-rápido, ela falou para eu colocar o meu na vaga dela do prédio, quando chegasse.
Cheguei. Quando entrei na garagem o desespero bateu. Aquilo era um ovo, cheio de pilastras e, óbvio, que a vaga dela não era das mais fáceis.
O porteiro estava lá para indicar a vaga e, ao invés de me auxilir ficou olhando o teto. A pilastra pegou o ponto cego do carro, eu tentava desviar de uma bicicleta estacionada indevidamente e poft. Traseira na pilastra.
Pior foi a moça descer e estacionar o meu carro. E eu tremia toda e tinha que entrevistá-la.
Mas ela era um doce, me acalmou e a conversa foi tão bom que perdi até a hora.
Só que me senti uma jornalista de quinta com o vexame.
Bjo
Não foi uma batida, mas, um problema de saúde que me fez parar pra pensar em como eu andava vivendo e como deveria viver.
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