
Serviço:
LUCIANA ALVES NO BOURBON STREET MUSIC CLUB
Dia 5 de maio, terça-feira, a partir das 21h30
Rua dos Chanés, 127 - Moema - São Paulo/SP
Couvert Artístico: R$ 35.

Imagine a seguinte cena: você está lá no bem-bom com um mocinho, toda feliz da vida. A noite está linda e a coisa começa a pegar fogo. Você, como uma garota super prevenida e bem-resolvida, pergunta para o moçoilo se ele tem um preservartivo, pois só assim vocês podem dar sequência ao momento caliente. Ele, então, tira do bolso uma camisinha diferente: feita de tripa de ovelha. Tudo por causa do meio ambiente, já que os preservativos de látex demoram cerca de 300 anos para se decompor na natureza – e esse feito de tripa, apenas um. Seja sincera: você não inventaria um ótimo pretexto para sair correndo? Eu juro que iria embora. Pra mim, ecochatice tem limite! Ok, cuidar do planeta é absolutamente fundamental, mas ser ecologicamente correto até na hora da transa já é demais! Hoje soube que produtos “green” estão ganhando as prateleiras também dos sex shops. Agora existe vibrador solar – que dispensa o uso de pilhas –, camisinha orgânica (detalhe básico: que ajuda a evitar gravidez, mas não protege contra DSTs) e lubrificante natural! Fiquei apavorada! Já pensou se essa moda pega?


Já falei aqui sobre vergonha alheia – ou, como diz um amigo meu, “VPP” (Vergonha Pela Pessoa), aquele sentimento que vira-e-mexe nos acomete instantes após apertarmos o power da televisão e nos depararmos com conteúdos absolutamente toscos e constrangedores, mas juro que foi neste sábado de Aleluia que eu definitivamente quis abrir um buraco no meio da sala e me enfiar lá dentro por tempo indeterminado. Tudo graças a um programa chamado “50 por 1”, que é veiculado pela TV Record, “apresentado” (com aspas mesmo!) pelo engomado-endinheirado Álvaro Garnero e que eu tenho o maior orgulho de afirmar que desconhecia. Alguém já viu isso? Gente, que vergonha! Será que ninguém nunca teve a bondade de contar pro rapaz que ele não leva o menor jeito para a televisão? Ouso arriscar que nem a Caroline Bittencourt consegue engolir as piadinhas e frases (mal) feitas de seu amado (será que eles ainda são namorados? Ai, juro que tenho preguiça de pesquisar!)... Enfim, mas o fato é que no site do programa, descobri que a proposta inicial de Garnero era a de “dividir 50 das suas principais experiências de viagem com o telespectador”, no entanto, com o sucesso da primeira temporada (?), a equipe resolveu fazer "muito mais". Ok, existe gosto pra tudo nesse mundo, mas na minha modesta opinião, nem as mais belas paisagens de lugares como Grécia, Itália e Egito – países visitados na última edição - conseguem aliviar o sentimento de VPP. Até a trilha sonora é de quinta (parece musiquinha de motel)... A única coisa boa é que depois de assistir algo assim, a gente fica se sentindo o máximo – super talentosa, super profissional, super de primeira. Trocando em miúdos, rola aquela certezinha básica de que brilhar na tevê é apenas uma questão de possuir "alguns milhões de dólares" no banco. Hmmm, será que algum milionário generoso e visionário não quer patrocinar um programa com as autênticas Garotas de Segunda? Cá entre nós, creio que eu e Rô daríamos muito mais audiência do que Garnero e suas madeixas besuntadas… E você, o que acha?

