terça-feira, 30 de setembro de 2008

O horror



Hoje meu assunto não tem graça nenhuma. É algo assustador. É algo que me tirou o sono. É algo inclassificável. Movida por uma curiosidade mórbida, ontem à noite cliquei numa notícia do Le Monde, no rodapé do Uol, que chamava para um crime que aconteceu no Paquistão. Três irmãs foram "enterradas vivas" em nome da "honra" da família. Elas se chamavam Hameeda, Ruqqaya e Raheena. Eram adolescentes. E cometeram um crime grave: fugiram de casa para poder se casar com os homens que elas escolheram (e não os eleitos pela família). Não consegui parar de ler. Assombrada. Embora eu trabalhe na Marie Claire, uma revista que defende os direitos das mulheres, que denuncia barbáries desse tipo, que acontecem em países como o nosso ou como esses, que vivem no milênio passado, eu jamais havia imaginado um crime tão vil. Só lendo a matéria, que reproduzo, em trechos, a seguir. A questão que me pegou no travesseiro foi a mais ingênua do mundo: o que eu poderia fazer para evitar um crime como esse? O que a gente poderia fazer para melhorar esse mundo cão? O assunto ganhou a imprensa internacional por causa de um jornalista paquistanês, que teve a ousadia de escrever sobre a barbárie, colocando os "crimes de honra" em discussão no próprio Paquistão e no resto do planeta. O mínimo que posso fazer é postar o horror.

Por Frédéric Bobin, do Le Monde
Eram três irmãs, com idades de 16 a 18 anos. Hameeda, Ruqqaya e Raheena viviam em Baba Kot, uma aldeia no Baluchistão, uma província árida situada no sudoeste do Paquistão, nos confins do Irã e do Afeganistão, lá onde a terra se resume a areia, pedras e rochas buriladas pelo vento. Elas morreram enterradas vivas numa vala comum. Foram vítimas de um "crime de honra" que, pela sua selvageria inédita, vem assombrando as consciências nestas últimas semanas por todo o Paquistão, onde a população geralmente aceita sem problema esses assassinatos que são práticas costumeiras ancestrais.

Hameeda, Ruqqaya e Raheena foram assassinadas em nome da tradição. Elas cometeram o crime de querer casar-se com o homem da sua escolha, e não com os primos que a tribo - dos umrani - havia indicado para elas. O que aconteceu realmente em 14 de julho, naquele dia funesto em que o crime foi perpetrado? Uma sucessão de fatos delineou-se em função das indicações que foram publicadas pela imprensa paquistanesa. Em 13 de julho, as três jovens mulheres haviam deixado sua aldeia de Baba Kot a bordo de um táxi, acompanhadas pela sua mãe e por uma tia. O grupo dirigiu-se na direção de Usta Mohammad, um vilarejo situado a 80 km, onde Hameeda, Ruqqaya e Raheena queriam comparecer no tribunal civil local para se casarem com os homens que haviam escolhido.

A escapada revelaria ser breve e, sobretudo, fatal. Mal haviam chegado a Usta Mohammad, as cinco mulheres foram raptadas por um comando de homens da tribo umrani que as perseguiam desde a sua partida. Elas tinham vilipendiado a ordem ancestral, que sujeita as moças às estratégias matrimoniais do clã, e, portanto, elas precisavam ser castigadas. Elas foram então embarcadas á força - sob a ameaça de fuzis - dentro da van Land Cruiser dos seus seqüestradores, que as conduziram de volta para a aldeia familiar de Baba Kot. Lá, uma jirga - assembléia de notáveis - estava à sua espera, solenemente convocada para decidir sobre as sanções a serem aplicadas contra elas. Prometeram-lhes uma morte muito especial. Esta seria precedida por um pavoroso suplício que deveria servir de lição para todas as outras moças da comunidade.

No dia seguinte, conduzem as cinco condenadas até a parte central de uma área deserta. Os carrascos da tribo levaram consigo uma escavadeira. A máquina começa a cavar uma fossa. Então, o motorista que está nos comandos do buldôzer aciona a lâmina dentada. Ele a dirige sobre as mulheres que estão amarradas e alinhadas. A ferramenta funciona como uma faca gigante que tritura sua carne, seus ossos, seu crânio. Depois disso, uma rajada de tiros de fuzil as ceifa. A escavadeira empurra então os corpos martirizados para dentro da vala que se tornaria o seu túmulo. Elas sangram em abundância, mas, conforme relatarão mais tarde os jornalistas paquistaneses, elas ainda não haviam sucumbido aos seus ferimentos quando os torturadores começaram a cobri-las com areia e pedras.
(...)
A Land Cruiser que permitiu seqüestrar as cinco mulheres tinha uma placa oficial que é reservada exclusivamente para os veículos do governo do Baluchistão. Segundo apontaram várias testemunhas, o instigador do assassinato seria Abdul Sattar Umrani, que não é ninguém mais que o irmão de Sadiq Umrani, o ministro da habitação do governo do Baluchistão, um respeitado membro do Partido do Povo Paquistanês (PPP), o partido do clã dos Bhutto que está atualmente no poder no Paquistão. Por mais que o movimento que foi liderado durante mais de duas décadas por Benazir Bhutto (assassinada no final de 2007) se valha de um progressismo teórico em relação à questão dos direitos das mulheres, as tramóias e os conluios politiqueiros quase sempre acabam soterrando os nobres ideais. Acima de tudo, o PPP tenta evitar ofender os chefes de tribo do Baluchistão, uma província que contribuiu de maneira decisiva para a eleição, em 6 de setembro, de Asif Ali Zardari, o viúvo de Benazir, para a presidência do Estado.
(...)
Mir Israhullah Zehri, um representante de um partido nacionalista do Baluchistão, apresenta como argumento uma justificativa cultural dos "crimes de honra". "Estas são tradições que remontam a muitos séculos", argumenta, "e eu sempre lutarei em favor da sua manutenção".

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Chiclete para os ouvidos - parte II

Foi só uma amiga comentar, hoje no almoço, que tinha trabalhado na redação da "Contigo" com o Décio Piccinini (aquele jurado dos calouros do Silvio Santos), para o meu cérebro tocar imediatamente essa musiquinha e eu ficar com ela na cabeça a tarde inteira! Já passa de sete da noite e não agüento mais, preciso dividir isso com vocês, especialmente com as queridas colegas de trabalho. Afinal, esse jingle "é coisa nossa". Quem se lembra?
ps: nessa versão, de 82, o Silvio ainda fazia o auditório cantar que "O (presidente) Figueiredo é coisa nossa". Disso eu não lembrava... Medo!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Chiclete para os ouvidos


Herdei de minha mãe um certo tipo de TOC musical. Explico: sou absolutamente suscetível a músicas ou jingles grudentos (em 99% dos casos, da pior qualidade, obviamente). A diferença é que ela tem mania de cantarolar, enquanto eu fico repetindo o trecho-chiclete apenas em minha cachola, tipo um disco riscado. Hoje, por exemplo, estou obcecada com o jingle "Sorria, meu bem, sorria, é Kassab prefeito, 25 no peito, neste a gente confia" (ai, como é duro ter TOC musical em época de campanha eleitoral!!). Ontem, por causa de um vídeo do Youtube que assisti no blog de um colega do trabalho, fiquei o dia inteiro repetindo "iêiêiêiê pa-pa-pa-pa-peeel", aquela música dos anos 80, que eu não faço a menor idéia da letra. Nem é das piores, eu sei, só é breguinha mesmo (mas muito melhor do que qualquer pagode, axé ou sertanojo da vida, claro). Você também é assim? Também sofre com as músicas de segunda que grudam nos ouvidos? Lembra de alguma pra contar aqui pra gente?
PS. Ah, lembrei de uma boa: "Aiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiai", da Vanessa da Mata. Nossa, como penei com essa, vixe...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Aprendendo com a diva

Sempre fui meio jaca mole. Semana passada, depois de assistir ao tombo da Madonna em pleno palco, fiz uma espécie de retrospectiva das vezes em que vi o chão bem de pertinho. Lama! Por que a gente se sente tão de segunda quando cai? Nossa, como é constrangedor! Rola aquela saia justa, todo mundo olhando sem saber se primeiro morre de rir ou estende a mão para ajudar o ser espatifado... Eu confesso que depois de protagonizar cenas hilárias de quedas inexplicáveis, desenvolvi a técnica do “socorro que o negócio foi sério, acho que quebrei o pé”, ou algo parecido. Porque isso pelo menos desperta algum tipo de solidariedade nos expectadores... Mas a verdade é que nem sempre adianta – sem contar que pode gerar falta de credibilidade futura numa queda mais séria. Nunca me esqueço da vez em que caí literalmente de boca na frente de uma oficina mecânica, depois de tentar alcançar o busão e tropeçar na minha própria saia. Foi tipo um ‘tibum’, sabe? Tanto é que os óculos de sol que eu estava usando racharam no meio... Mega vergonha! Depois, outra vez, me espatifei no meio do pátio da escola e fui motivo de chacota entre os amigos e não amigos por uma semana, ou mais. Ano passado tive a proeza de trincar um osso do pé no quintal da casa de uma amiga depois de encarar apenas alguns (!) copinhos de cerveja (mas eu estava sóbria, eu juro!). Resultado: um mês usando aquela botinha ortopédica suuuuper de quinta. Enfim, o fato é que depois de assistir ao vídeo da Madonna caindo de bunda e levantando como se nada tivesse acontecido, virei mais fã ainda dessa mega diva popstar. Porque cair faz parte da vida, e o negócio é fazer exatamente como ela fez: agir com naturalidade, sem perder a pose. Simplesmente levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima, sem choro nem vela. É ou num é?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A chef no divã



A chef Regina Bui pintou aqui no Garotas como "comentarista". Depressa eu e Palomita descobrimos o seu delicioso blog Um Divã na Cozinha, com textos e receitas espertas e bem-humoradas. Regina, paulistana, 39 anos, radicada em Campinas, é personal chef, ou seja, pode ir a sua casa ou a sua empresa, por exemplo, preparar uma comidinha de primeira. Ela também dá aulas de "Gastronomia Básica", o que compreende, nas palavras dela, em: "Mesclar técnicas de restaurante com a cozinha do dia-a-dia, e livrar o aluno da dependência de medidas e quantidade (uau, isso é uma libertação!), desenvolvendo paladar, visão e bom senso." Então, vamos mexer esse caldo, porque hoje é Regina Bui quem encara o nosso "Quiz GS":

1 Minha definição de segunda-feira: "Êita, diazinho..."

2 Uma receita de primeira com ingredientes de segunda: salada de chuchu com camarãozinho sete barbas cozido, cheiro verde, limão e sal.

3 Uma balada de segunda (-feira): caipirinha de saquê ou cinema. Ou os dois.

4 "Parece de segunda, mas é de primeira...": transexual. Já conversou com um?

5 "Parece de primeira, mas é de segunda...": socialite. Já conversou com uma? rs..rs...rs..

6 Uma pessoa de primeira: espirituosa.

7 Uma atitude de quinta: vampirismo.

8 Um programa de quinta: festa de aniversário por obrigação.

9 Um dia em que eu me senti de segunda: fui assaltada no semáforo por um menor de idade. Colocou um estilete no meu pescoço e pediu o dinheiro da carteira. Pra piorar a sensação de segunda, parei numa delegacia a 700 metros dali para avisar sobre o bando de molecada que estava agindo e ninguém se mobilizou.

10 Um antídoto contra a TPS (tensão pré-segunda): qualquer coisa, menos assistir a programas especiais de domingo na TV.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Tudo por um ovo



Vou fazer uma confissão terrível: eu cometi um atitude de quinta! E foi numa segunda-feira. A passada. Que começou assim: a Didi, minha empregada querídissima, resolveu me dar um perdido depois de uma DR na sexta-feira --e não aparecer na segunda. Lá fui eu, sozinha, dar conta dos e-mails matinais de trabalho e da Anita: banho, escova no cabelo (aos 4 anos, ela está fazendo questão, pode?), lanche na lancheira... Lá pelo meio-dia, atrasada, descabelada e faminta, fui com ela almoçar num quilo supergostoso, o "Meio-dia Barriga Vazia", que fica ao lado da escolinha. Depois de fazer o prato da Anita, fui fazer o meu. Vi, então, apenas um ovo frito, brilhando na travessa da frente. Havia uma mulher ao meu lado e, pela ordem da fila, eu teria de esperar que ela desse a volta no balcão, para chegar ao ovo. Só que, na pressa, em um segundo, sem pensar, eu atravessei a mão no balcão, alcançando a travessa do outro lado, e peguei o único e último ovo! E fui correndo pesar o prato, quando ouvi a mulher que estava ao meu lado na fila perguntando à atendente: "Estão fritando mais ovos lá dentro?". Fiquei na minha, mas... Putz, que de quinta! Pela ordem, o ovo frito era dela. A pressa, dessa vez, foi inimiga da (minha) educação. Furar fila de quilo por causa de um ovo é o fim. Que vergonha! E você, já fez uma coisa, assim, de quinta?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Trabalhar às segundas-feiras é prejudicial à saúde


"Infarto é mais comum às segundas de manhã, aponta estudo". Parece título de algum post aqui do Garotas, eu sei, mas não se engane: essa foi uma das manchetes do UOL hoje. Ou seja, podemos concluir que o mundo científico já está avançando no sentido de conscientizar a população sobre o perigo que é encarar a labuta numa segunda-feira. Percebe como a moléstia que aqui batizamos como TPS tem fundamento? Não é coisa de gente preguiçosa não. Não se trata de corpo mole, quiçá vagabundagem. A coisa é séria, minha gente. Clique aqui e veja com seus próprios olhos...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Monday Indie Rock

Ontem descobri a dupla Tegan and Sara, gêmeas canadenses de 26 anos, lésbicas, que fazem um barulho bacana na cena Indie. Nunca fui rock and roll, mas gosto de música boa, seja qual for. Gostei do som das meninas, que cantam e compõem juntas desde os 15 anos. Aqui, elas cantam "Monday, Monday, Monday...", canção bem apropriada para abrir os trabalhos de hoje... Feliz Segunda-Feira! Alguém já conhecia Tegan and Sara ou eu é que ando super-por-fora?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós...


Diz aí: paciência é uma arte, não é? Eu sinceramente admiro muito as pessoas pacientes; acho o máximo quando vejo alguém que não se descabela com aquela barbeiragem cabeluda no trânsito, ou simplesmente não esquenta a cabeça se recebe uma mega chamada do chefe. Sou naturalmente estressada, apesar de parecer alguém relativamente zen. Ranjo os dentes quando sou obrigada a encarar uma fila de quinta no banco, tenho cólicas quando estou num engarrafamento de São Paulo e literalmente não respiro quando me sinto como um peixe fora d'água em determinadas situações do dia-a-dia. Fala sério: tem coisa mais de primeira do que se sentir em casa? Ah, como é bom! Como é bom conhecer as pessoas, os caminhos, as histórias... Em contrapartida, como é maravilhoso também mudar o rumo de nossa própria vida e trilhar caminhos mais felizes! A única coisa complicada, neste caso, é ter paciência com o re(começo)... Porque quando saímos de um trabalho antigo, por exemplo, e começamos um novo, apesar de toda a alegria e entusiasmo com o que está por vir, precisamos de um mínimo de tempo para que o desconhecido 'assustador' se transforme naquele velho conhecido aconchegante. Precisamos da tal da paciência - consigo, com o outro, com a vida. Então, querido leitor, aproveito esta noite abafada de quinta(feira) para presenteá-los com uma lindíssima música do Lenine e lançar a seguinte pergunta: o que você faz para exercitar essa virtude de primeira chamada paciência?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Gostinho retrô


Se a semana está difícil, nada como um almoço em boa companhia, num lugar gostoso, para mudar a ordem do dia. Então uma amiga sugeriu a "Casa 60". Que surpresa boa: ao entrar no pequeno restaurante, voltei no tempo e me senti na casa da vovó ou daquela tia do interior. Instalado numa casa do bairro de Pinheiros, o lugar é todo retrô, com toalhinhas de crochê nas mesas, poltronas com pés de palito, pratos e xícaras antiguinhos, e um cardápio de comida caseira que é uma tentação. Naquele dia, o prato principal era frango com quiabo, mas já sei na segunda-feira tem virado à paulista e, às quartas (como não?), feijoada. Isso além do buffet de saladinhas (R$ 18 por pessoa, o menu completo) e sucos de primeira como limão com gengibre ou abacaxi com carambola. Nesse clima aconchegante, eu e minha amiga engatamos um papo de comadres, como se estivéssemos mesmo numa casa de interior, de vó, de tia, em algum lugar do passado. Casa 60: rua Simão Álvares, 968, tel. 3814-9547. E qual é a sua dica para um almoço de dia de semana?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Uma explosão de prazer


Domingo passado, aproveitando a fase ‘casa nova, vida nova’ dos meus pais - e já visualizando a crise de TPS que enfrentaria na hora do Fantástico -, antes de ‘rumar’ para a capitarrr roubei um pedaço de plástico-bolha de uma das caixas que ainda se encontram abarrotadas por causa da mega-mudança que eles enfrentaram há um mês. Como estava de carona com uma prima, optei por me jogar de cabeça no trabalho terapêutico depois, mais tarde, quando estivesse sozinha. Porque os plec-plecs realmente relaxam o sujeito que estoura as bolhinhas, mas irritam profundamente quem está ao lado – e eu não poderia ser ingrata com alguém que, além de ser super de primeira e da família, me salvou de uma viagem de segunda num Cometão da vida. Pois bem, cheguei em casa e fui logo me aboletando no sofá com o artifício em mãos. Plec, plec, plec e mais plec. Ah, que maravilha! Juro, fiquei ali uns 20 minutos, na maior concentração, e depois me senti renovada. É claro que o plástico-bolha não resolve o problema da TPS, mas pelo menos ameniza os sintomas. Tipo uma Aspirina, sabe? Já ajuda... Enfim, até a Wikipédia descreve o ato de estourar bolhinhas como desestressante. Tá lá, “apertar as bolhas uma a uma, ouvindo o calmante som ‘poc’, ou ainda torcer o plástico para estourar o maior número possivel de uma vez”. Vocês também apreciam a atividade? Já tentaram utilizá-la num domingão de quinta? Têm outras receitas estapafúrdias para amenizar a depressão pré-segunda?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Papo de princesa


Ontem levei Anita, a filhota de 5 anos, ao show Disney On Ice, no ginásio do Ibirapuera. E chorei! Em pleno domingo, meio-dia. Combinamos com a mãe da Marcia, uma amiguinha da escola, e fomos as quatro. Anita vestida com a fantasia da Cinderela, com direito a maquiagem conquistada no choro. Minha lembrança do Holiday On Ice era de infância: lá pelos 7 anos eu tinha ido com meus pais ao show no gelo, no mesmo ginásio. Claro, o palco agora me pareceu minúsculo. Mas o show continua um clássico de primeira: as fadas e as princesas todas, os príncipes, as roupas cheias de brilho, os cenários fluorescentes, rodopios e efeitos inacreditávies, as músicas dos filmes... De repente, eu e a mãe da Marcia nos pegamos com os olhos cheios d´água. E as menininhas em êxtase, claro. "Mas cadê a Cinderela?", perguntava Anita, a cada cinco minutos. É a princesa preferida dela. E da amiga também. Já tinha rolado a história da Jasmine, da Ariel (A pequena Sereia), da Branca de Neve, e até da Mulan, a menos popular... Pensei: se a Cinderela não aparecer, estou frita. Mas tinha um bom motivo: Cinderela veio em grande estilo, depois do intervalo. Foi a história de princesa mais longa, encenada em detalhes. Cinderela deve ser a preferida da maioria. Por quê será? "Porque a Cinderela não tem ninguém por ela", disse minha amiga, mãe da Marcia. É mesmo! Branca de Neve tem o apoio dos anões, Ariel tem seu pai, o rei Tristão, A Bela Adormecida é criada pelas três fadinhas (Fauna, Flora e Primavera), enquanto Cinderela é órfã, vive na mão da madrasta e daquelas duas irmãs de quinta, enfim, é uma batalhadora... Sim, ela tem a ajuda dos ratinhos e da fada madrinha. Mas não tem uma casa em que se sente bem nem uma figura de proteção, como as outras princesas. E consegue mudar seu destino, depois de se ferrar muito! Vai ver por isso é a mais admirada de todas - o show do gelo termina com o casamento de Cinderela, e as outras princesas e seus respectivos príncipes como convidados. E muitos fogos de artifício! E lágrimas de mães como eu! Porque sonhar é sempre de primeira: "Um sonho é um desejo da alma", diz a música da Cinderela... Aqui, um trecho desse clássico da Disney. Será que essa teoria sobre a Cinderela procede? O que vocês acham?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Devagar e sempre



Musiquinha de primeira em homenagem à fase de quinta que anda assolando este blog de segunda.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Malas e malices

Tenho um sério problema com malas. De todos os tipos, tamanhos e espécies. Sem alça, sem rodinha, sem noção, sem graça... Argh! Lama! Mas seguindo a linha do "pôr pra fora é terapêutico" (viva Freeeeeeud!), dei um depoimento pro canal de Turismo do portal iG sobre minha difícil relação com as bagagens (pois é, dessa vez as malas humanas foram poupadas). Quer dar uma olhada? Então clique aqui!

PS. Conselhos de primeira para que eu possa melhorar o meu relacionamento com bagagens e demais tipos de malas são naturalmente bem-vindos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Ela é fuego!



Hoje tem estréia! O Quiz GS (Garotas de Segunda), com 10 perguntinhas temáticas, vai trazer para o blog a opinião de gente de primeira. A começar pela talentosa escritora (e blogueira) Andréa Del Fuego, 33 anos, autora de "Engano Seu" (ed. O nome da Rosa) e do infanto-juvenil "Sociedade da Caveira de Cristal" (ed. Scipione), lançado na última bienal, entre outros. Andréa fala dessa relação tão delicada com o primeiro dia da semana, até mesmo para uma escritora que (teoricamente) não tem horário fixo de trabalho, y otras cositas más...

1 Minha definição de segunda-feira:
A vida pós-domingo, pós-morte.
2 Uma receita de primeira com ingredientes de segunda:
Kibe com soja no lugar da carne, a aparência é a do quitute, mas o sabor não chega perto.
3 Uma balada de segunda (-feira): Não sair de casa, botar a roupa para lavar e não atender o telefone.
4 "Parece de segunda, mas é de primeira...":
Moela de frango, uma boa moela ao molho ragu é de primeira categoria.
5 "Parece de primeira, mas é de segunda...": Gente chique parece de primeira, mas é de segunda. Eles parecem saudáveis, estimáveis, mas olhe mais de perto.
6 Uma pessoa de primeira:
Michelle Obama, a mulher do senador/presidente parece de primeira, sólida, essa mulher ainda vai dar trabalho.
7 Uma atitude de quinta: Fofoca mentirosa. Fofoca sobre o que de fato aconteceu nós aceitamos, mas a de mentira é de quinta.
8 Um programa de quinta:
Sair todos os dias, beber todos os dias.
9 Um dia em que eu me senti de segunda Muitas vezes me senti de segunda, acho que a primera vez foi quando me apresentei no balé do prédio (de garagem) e meu tamanco voou do pé numa pirueta, aos sete anos.
10 Um antídoto contra a TPS (tensão pré-segunda): Desligar a televisão antes que comece o Fantástico, aliás, não ligar a televisão em momento algum nesse dia.