segunda-feira, 30 de junho de 2008

Licença-felicidade


A dor de dente me pegou num sábado. Chuva, aspirina, cama, filha vendo desenho na sala. Passou no domingo, sumiu na segunda, voltou na terça com tudo. Tempo chato, trânsito, dentista, e a confirmação: era mesmo canal. De repente, tudo de importante fica fora de foco. Há poucas coisas mais urgentes do que uma dor de dente. Todas as desculpas são aceitas, todo mundo que tem dente, entende. A empregada capricha no café, a filha pergunta do dodói, a amiga indica o dentista, dá-se um jeito no trabalho. Na cadeira do dentista, com a boca aberta e anestesiada, penso que foi até bom ser 'interditada' pelo dente doente. No meio da loucura, tive 60 minutos inteiros para pensar em nada –ou seja, em tudo o que vem à mente numa cadeira de dentista. A lista do supermercado, os candidatos à prefeitura de São Paulo, as unhas por fazer, os desejos adiados, entre outras reflexões como: por que só as coisas ruins nos fazem parar tudo? Se a gente passa mal do estômago ou quebra a perna, tira um dia ou até uma licença do trabalho. Por que não criar uma “licença-felicidade”? Você liga e diz: “Desculpe, tive uma noite incrível, bebi com os amigos, ri muito, namorei e acordei numa alegria! Preciso tirar o dia para curtir um pouco mais, amanhã estou aí.” Não seria um motivo tão compreensível quanto uma dor de dente?


Ps: esse texto já tem um tempo. Lembrei dele ao ler o post da Palomita (abaixo) Minha amiga não está nem de licença, mas de férias-felicidade! Seja feliz todos os dias da semana, Paloma!

domingo, 29 de junho de 2008

Segunda muito de primeira!

Hoje não tive náuseas.
Hoje não tive arrepios.
Hoje não tive dores abdominais.
É sério: nem o Faustão me tirou do sério.
Foi um domingo livre de TPS.
Livre de mal-estares, livre de agonias.
Pela primeira vez, passei o dia contando os minutos para a segunda-feira.
Explico: amanhã, logo cedo, embarco para uma aventura de primeira.
Férias. Sol. Calor e amor.

Sempre que possível, durante o mês de julho, virei aqui para contar as novidades sobre o tal do “primeiro mundo”, que certamente também tem lá suas coisas de segunda. Nada passará batido sob os olhos dessa brasileira de primeira. Aguardem histórias, gafes, receitas, lugares, saudades.


PS. Semana passada recebi uma equipe do programa Saia Justa, do canal GNT, aqui em casa. Pode parecer contraditório, eu sei, mas a verdade é que não sou tão chegada a jornalistas. Em outras palavras, a idéia de conceder uma entrevista não me agrada muito. Bem, mas a repórter de primeira que me procurou conseguiu me convencer, danadinha. E acabou rolando. Mas a questão, agora, é que não faço a menor idéia sobre o resultado final do VT. E como não poderei assistir ao programa (próxima quarta-feira, dia 2, 22h30, canal 41 da NET), peço encarecidamente para que quem puder, assista, e depois deixe aqui suas impressões. Assim, dependendo como for, posso acumular motivos para errar propositalmente o vôo na hora da volta, e ao invés de pegar o avião para São Paulo, embarcar para o Nepal. Se isso acontecer, não se preocupem: continuarei postando! O Garotas de Segunda é e sempre será o meu grande amor!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

O terminal


Caiu um livro bárbaro na minha mesa: "O Livro Amarelo do Terminal". Impresso em roxo sobre um papel amarelo fininho, que lembra a textura das passagens de ônibus (projeto impecável da Cosac Naify), o volume é todo uma crônica comovente sobre a rodoviária de São Paulo, escrita pela jornalista Vanessa Bárbara. Nova de idade (nascida em 1982) e madura com as palavras, Vanessa chegou à conclusão de que o terminal Rodoviário Tietê é uma "versão condensada do mundo". Nesse universo supostamente de segunda, entre malas, biscoitos de polvilho e gente, muita gente, Vanessa traduz o movimento em números curiosos (em cada grande faxina, por exemplo, são descolados do chão 60 kilos de chiclete), e constrói perfis humanos e bem humorados, como o do vendedor da loja de malas do terminal, que recebe a cliente dizendo: "Você está com cara de quem vai viajar...". Como diz Vanessa: "Nos corredores do Tietê, alguns aceleram o passo sem ter motivo e perguntam aos gritos onde é o guichê da Cometa, mas também é permitido parar em algum canto e ficar ali, de bobeira, conversando com o Papai Noel ou com uma senhora de blusa de lã que diz (de repente) que a Marinha Britânica está vindo buscá-la..." . E por aí vai. Em tempo: Vanessa Bárbara, autora também de "O Verão do Chibo" (Alfaguara) está na primeira mesa da FLIP, a Festa Literária Internacional que rola semana que vem em Paraty. E onde eu estarei também, nas imperdíveis noites do Che Bar. Apareça lá!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Traumas juninos


Sabe quando você passa batom e depois espalha o produto esfregando o lábio superior no inferior? Pois bem, quando dancei quadrilha pela primeira vez, tinha uns quatro anos de idade, e apesar de estudar numa escolinha chamada Cinderela, era uma perfeita gata borralheira. Como não devia estar acostumada a sentir aquela tinta na boca, saí em todas as fotografias esfregando os lábios. Todas. “Olha a cobraaaa”, “É mentiiiira”, e Paloma lá, nhec-nhec, esfregando o bico, provavelmente errando todos os passos e tumultuando a apresentação. Pra piorar, além da maquiagem caipira ter ficado comprometida devido aos meus óculos fundo-de-garrafa, minha mãe ainda resolveu comprar um chapéu de palha com tranças loiras, completamente ‘desconectadas’ de minhas madeixas negras-negríssimas (mas desta vez até que ela pegou leve, considerando que pouco tempo depois me matriculou no balé e resolveu comprar não roupinhas cor-de-rosa, iguais às das 29 coleguinhas da turma, mas azuis). Enfim, mesmo depois dessa experiência junina traumática, sempre fui louca por quadrilha. Adoro, acho o máximo, e desde a infância cultivo o desejo secreto de um dia ser a noiva do arraial. Esse ano, porém, não fui a nenhuma festa junina de primeira, então mais uma vez tive que adiar esse meu sonho caipira. Acho que vou aproveitar que hoje é Dia de São João e fazer uma simpatia pra ter um mês de junho mais bem servido de arraiais em 2009. E você, tomou bastante quentão? Conte aqui, pra me deixar morrendo de inveja!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Um dia de Lua


Uma pequena investigação sobre a origem da segunda-feira: a palavra vem do latim Secunda Feria, que significa (como não?) "segunda feira". A mesma expressão existe em galego (segunda feira), mirandês (segunda) e tétum (loron-segunda). Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses dedicando esse dia ao astro Lua, o que deu origem a outras denominações. Em espanhol diz-se lunes; em italiano lunedì, com o significado de Lua e dia da Lua. Outros povos reverenciavam deuses mitológicos. Em inglês diz-se monday, e em alemão, montag, que significam dia da Lua. Seria mais bonito se em português os dias da semana se chamassem segunda-Lua, terça-Lua, quarta-Lua. Porque, para piorar esse dia "de segunda", o sobrenome ainda é feira. Vocês não acham?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Faxina geral



Recebi esse texto da astróloga e amiga Rosa Di Maulo, via e-mail. Achei que combinava aqui. É uma boa dica para o fim de semana... Livre-se das coisas de segunda (mão). Menos do nosso blog, claro!

Você tem o hábito de juntar objetos que são inúteis no momento,
acreditando que um dia (não sabe quando) poderá precisar?
Tem o hábito de juntar dinheiro e não gastar, pensando que no
futuro poderá faltar?
Tem o hábito de guardar roupas, jogos, sapatos, móveis, utensílios
domésticos e outras coisas que já não usa há bastante tempo?
Tem o hábito de guardar o que sente, rixas, ressentimentos, tristezas,
medos, pessoas etc. dentro de você ?
Não faça isso!
É anti-prosperidade.
É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas
cheguem em sua vida.
É preciso eliminar o que é inútil em você e na sua vida para que a
prosperidade venha.
É a força desse vazio que absorverá e atrairá tudo o que você deseja.
Enquanto você estiver material e emocionalmente carregado de coisas
velhas e inúteis, não haverá espaço aberto para novas oportunidades.
Os bens precisam circular...
Limpe as gavetas, os armários, seu quarto, a garagem de tudo que
não é mais usado.
A atitude de guardar um montão de coisas inúteis amarra sua vida.
Não são os objetos guardados que estancam sua vida, mas o significado
da atitude de guardar.
Quando se guarda, se considera a possibilidade de falta, de carência.
Você mentaliza que amanhã poderá faltar e que não terá meios de
prover suas necessidades.
Com essa postura, estará enviando duas mensagens para seu cérebro
e para sua vida:
1º Você não confia no amanhã.
2º Bloqueia que o novo e melhor venham para você, uma vez que se alegra
em guardar coisas velhas e inúteis!
Depois de ler essa mensagem não a guarde! Faça-a circular!

E, aí? Tem uma baguncinha pra arrumar?

Malandragem tem limite!


Hoje, no caminho para o trabalho, descobri algo esdrúxulo. Um senhor de cabelos brancos, famoso por mancar e pedir esmolas em um cruzamento da rua Maria Paula, no centrão caótico de São Paulo, estava todo bem-vestido tomando um café e fumando um cigarrinho em uma padoca próxima ao seu “local de trabalho”. Numa relax, numa tranqüila, numa boa. E a pessoa que estava comigo no carro apontou para um Gol daqueles antigos, mas bem conservado, azul cintilante, estacionado do outro lado da rua, e disse “Tá vendo esse carro? É do safado, que anda normalmente quando não está 'trabalhando'. Já vi essa cena diversas vezes”. Ou seja, o tal senhor que pede moedinhas logo ali na esquina e se faz de deficiente físico, antes de “encarar o batente”, estaciona seu “possante”, tira a roupa limpinha, veste uns trapos e segue rumo ao semáforo para enganar os trouxas. Todo santo dia. Não é muito de quinta? Fiquei abismada. Casos como esse são comuns, eu sei, mas o que me impressiona mesmo é a cara-de-pau do cidadão, que sequer se dá o trabalho de estacionar seu veículo em uma rua mais escondidinha. Patético. Na hora, me deu vontade de descer, entrar na padaria e interromper seu café-da-manhã com perguntas indigestas. Não seria ótimo? Pois bem, talvez faça isso numa próxima, pois hoje estava atrasada. Mas uma coisa é fato: esse ator-de-meia-tigela não perde por esperar.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Comidinha cubana


Tem coisa mais de primeira que arroz e feijão? Eu só conhecia a dupla servida separadamente, até que fui a Cuba e me apaixonei por um dos pratos mais populares da culinária local: "Moros y Cristianos", ou mouros e cristãos, ou ainda arroz e feijão, só que cozidos juntos. Algo parecido com o nordestino baião-de-dois. Embora o forte da ilha não seja a culinária (tem muita gordura e carne de porco na mesa deles), essa receitinha vale a pena. Um taxista em Havana foi quem me ensinou, e revelou o segredo do gostinho que eu não conseguia decifrar: cominho! Parece estranho, mas fica bom! Domingo passado fiz em casa e foi um sucesso. Que tentar? Lá vai:

Moros Y Cristianos

Ingredientes: 2 xicaras de arroz, 3 xícaras de feijão preto cozido (al dente),
5 dentes de alho espremidos, meia cebola picadinha, 1 colher de chá de cominho, 1 colher de chá de orégano, 1 pitada de pimenta do reino, 1 colher de sopa de bacon picadinho (opcional), sal a gosto


Como fazer: Não tem segredo. Consiste basicamente em cozinhar o arroz no caldo do feijão, assim: cozinhe o feijão em bastante água, sem tempero, até os grãos ficarem al dente, e reserve. Frite os temperos numa panela funda, coloque o arroz e, em seguida, o feijão (sem o caldo), mexendo, até que os grãos fiquem bem misturadinhos. Depois acrescente quatro xícaras do caldo do feijão e deixe cozinhar, até o caldo secar. O barato é que o arroz e o feijão ficam juntos, mas soltinhos. E, por causa do caldo, o arroz fica bronzeado (como na foto).

ps: qual é a sua receita de primeira com ingredientes simples ou "de segunda"? Mande pra gente!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Garotas no Orkut


As Garotas estão crescendo. Têm até comunidade no Orkut agora, olha que chique! Quer fazer parte? Então clique aqui!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Calcinhas divertidas


Um amigo uma vez me disse que acha péssimo quando as mulheres lavam suas calcinhas no banho e depois as penduram no box, para secar. Na hora, engoli a seco e fiquei quietinha, pois faço isso sempre. É meio de segunda, eu sei, mas moro sozinha e pago minhas contas, ou seja, não vejo grandes problemas. E quando recebo visitas em casa, é claro que tomo o cuidado de pendurá-las no varal da área de serviço, local bem mais apropriado, admito, mas caso contrário, elas ficam lá no banheiro mesmo, expostas no vitrô ou naquele trequinho de pendurar toalha (quer dizer, elas não, ELA, uma única calcinha, solitária e limpinha, pois várias eu também acho meio péssimo, meio de quinta). Ah, convenhamos, que mulher não faz isso às vezes, me diz? Bom, mas lembrei disso porque conheci hoje um blog bem engraçado chamado Calcinhas no Box. Tentei descobrir um pouco sobre as autoras, mas não rolou – não sei se por incompetência minha em achar o link ou se porque elas preferiram mesmo não falar muito sobre si. Só deu pra sacar que são mulheres, divertidas e descoladas. Definem-se como politicamente incorretas, misto incompreensível de sensações, fúteis e interessantes, entre muitas outras coisas. Um post em particular me chamou bastante atenção: “Do torresmo ao caviar”. Porque vai de encontro ao que propomos aqui no Garotas. Por isso, recomendo que dêem uma espiada nessas calcinhas, e depois digam aqui se não são mesmo de primeira...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sexta-feira 13: um dia de quinta?



Você tem triscaidecafobia? Ou seja, medo do número 13? Eu não chego a tanto, mas sempre que o calendário marca sexta-feira 13, é inevitável lembrar que o azar existe. Mesmo que nada de sinistro aconteça. O estigma em torno do 13 vem de várias lendas. Uma delas, da mitologia nórdica, conta que Odin, chefe de uma tribo asiática, estabeleceu seu reino na Escandinávia. Para administrá-lo, Odin teria escolhido doze sábios. Para festejar, organizou um banquete Valhalla, a morada dos deuses. Loki, o deus do fogo e da discórdia, apareceu sem ser convidado e armou uma baita confusão, que acabou no assassinato de Balder, filho de Odin e preferido dos deuses. Daí começou a crendice de que 13 pessoas reunidas para um jantar é desgraça certa. A última ceia de Cristo remete à mesma superstição: participaram do jantarzinho os doze apóstolos e Cristo, num total de 13. Como terminou a ceia? Com a crucificação e morte de Cristo, numa sexta-feira. E mais: na antiga numeração hebraica, a letra que indicava o 13 era a mesma usada para a palavra morte. Eu, hein? Já os otimistas, que não ligam para a má fama do 13, se agarram na idéia de que o número reduz para 4 (1 + 3 = 4). E o 4 sería símbolo de sorte. Os mexicanos primitivos também consideravam o 13 santo. Adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Nos Estados Unidos, o 13 é o máximo. Eram 13 os Estados que inicialmente constituíam a Federação norte-americana. E a águia que estampa a nota do dólar tem 13 penas em cada asa. O que você acha? 13 é sinal de sorte ou azar?

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Beijos de primeira

Quem se lembra dos beijos do filme "Cinema Paradiso"? Junte então todos esses beijos a uma das músicas mais lindas do Chico. É nisso que dá... Aos enamorados! Aos que querem se apaixonar! Aos que querem beijar muito!
Beijos e feliz 12 de junho...

Chega de ser fiel


Chacota matinal. Foi o que fui obrigada a encarar hoje, quando entrei em minha sala e me deparei com o símbolo do Corinthians colado em tudo, absolutamente tudo: computador, televisão, cadeira, paredes. Nem sou uma corinthiana de primeira, nem sei qual é nome do técnico ou do goleiro. Mesmo assim fui vítima de algum palmeirense ou são-paulino fanático e bem engraçadinho. Mas o fato é que realmente estou revendo minha preferência pelo timão de outrora. Ontem deixei a televisão no ‘mute’, como sempre, pois não preciso assistir ao jogo para saber o desempenho desse meu (ex)time de segunda - afinal, geralmente o escarcéu promovido pelos vizinhos a cada gol ou lance importante já é suficiente para me manter informada. Mas desta vez rolou um silêncio sepulcral. Todo mundo de luto – exceto os torcedores de TODOS OS OUTROS TIMES BRASILEIROS, que comemoraram em grande estilo, com rojões inclusive, mais uma derrota do Corinthians. Mais uma decepção. Por isso, venho a público declarar que aderi ao movimento “Cansei”. Cansei de sofrer. Então, de agora em diante, me considero órfã, futebolisticamente falando. Decidi arranjar algum time de primeira pra torcer. Alguma sugestão? Só não encaro o Palmeiras, pois seria realmente demais para essa pobre ex-corinthiana...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Movimento Pró-Saci


A proposta é magnífica: valorizar a cultura popular brasileira. Afinal, o que é um povo sem seus mitos e lendas? Chega de nos apropriarmos dos heróis dos outros! Xô Pokémon! Xô Homem Aranha! É por essas e outras que venho a público para divulgar a Sociedade de Observadores de Saci (Sosaci), uma Organização Não Capitalista (ONC) de primeira criada na cidade de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo. Seus integrantes acreditam no Saci Pererê, mito que é conhecido do Oiapoque ao Chuí, e defendem que o dia 31 de outubro o povo brasileiro deixe de festejar o Halloween e passe a comemorar o Dia do Saci. Fora isso, também estão criando um movimento para que o mascote da Copa do Mundo de 2014 seja o simpático pernetinha de gorro vermelho na cabeça e cachimbo na boca. Diz a mensagem escrita pelo jornalista, escritor, geógrafo e co-fundador da Sosaci, Mouzar Benedito, que a querida amiga Maria Cláudia Miguel, outra sacióloga, fez questão de me repassar:

“Vem aí a Copa do Mundo (2014 tá longe, mas é bom começar logo) e com certeza os marketeiros e lobbistas vão querer inventar uma mascote besta que nem o tal de Cauê (aquele sol esquisito) dos Jogos Panamericanos.
Que tal começarmos já uma campanha para que a mascote seja o Saci?
Veja as vantagens:
Primeiro, não seria preciso pagar direitos autorais a ninguém. No máximo, o que poderia ser feito é um concurso para cartunistas etc, para escolher o melhor desenho.
E por que o Saci?
Ele é a síntese da formação do povo brasileiro:
É o mito brasileiro mais popular, o único conhecido no Brasil inteiro (Boitatá, Curupira e mesmo a Iara requerem explicações quando a gente fala deles, em alguns lugares. O Saci não).
É o típico brasileiro: mesmo pelado e deficiente físico, é brincalhão e gozador.
E tem mais:
- no início era um indiozinho protetor da floresta. Tinha duas pernas.
- depois foi adotado pelos negros e virou negro. A perda de uma perna tem várias histórias. Uma delas é que ele foi escravizado, ficou preso pela perna, com grilhões, e cortou a perna presa. Preferiu ser um perneta livre do que escravo com duas pernas. É um libertário, então.
- dos brancos, ganhou o gorrinho vermelho, presente em vários mitos europeus. O gorrinho vermelho era também usado pelos republicanos, durante a Revolução Francesa. Na Roma antiga, os escravos que se libertavam ganhavam um gorrinho vermelho chamado píleo.
Só não tem orientais nessa história porque eles chegaram mais tarde, já no século XX. Mas dizem que já foi visto um Saci de olhinhos puxados, no bairro da Liberdade, o Sashimi.
Você pode entrar no sítio da Sosaci que tem um monte de histórias de gente que viu o Saci, inclusive esse Sashimi (é a quarta ou quinta história).
Então, olha aí uma proposta, pedido, convocação ou sei lá o quê: entre nessa também.
Se você topar, vai ser uma baita força. Ajude a divulgar esta idéia e, se tiver condições, escreva, fale com quem tem espaço na mídia para que declarem sua adesão nos jornais, revistas, rádio, TV, blogues etc.
Já pensou o Saci em camisetas no mundo inteiro? Ele provocaria muito interesse dos outros povos para a cultura popular brasileira. Coisa que esses símbolos bestas (como o dos Jogos Panamericanos) não fazem”.

Que tal? Vamos apoiar esta causa de primeira?

terça-feira, 10 de junho de 2008

Primeira-dama de segunda


Eu até gosto da Carla Bruni cantora. Achei estranho quando ela começou a circular com o Sarkozy. Tudo bem, mulheres se apaixonam por presidentes da França. Agora, escrever um livro contando detalhes do romance, meses depois do casório, me parece over. O livro "Carla e Nicolas - A história real", lançado pela primeira-dama francesa na semana passada, traz pérolas como "Me apaixonei porque ele tem cinco cérebros, todos irrigados...". Pensei que Carla Bruni era mais cool. Não li o livro, mas achei a idéia de quinta. Esse casalzinho não me inspira. Quando uma mulher se apaixona para valer, quer mais é curtir seu amor bem quietinha. Nada mais gostoso do que aquelas coisas de casal, que só o casal sabe, e mais ninguém precisa saber. A troco de quê uma modelo-cantora-linda-primeira-dama-da-França contaria a história de amor com seu marido para todo mundo? Qual é o seu palpite?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

TPS no UOL


Eles usaram o termo "Síndrome da Segunda-Feira". Aqui a gente diz "Tensão Pré-Segunda" mesmo. Bom, mas o fato é que uma das manchetes do UOL hoje é sobre a moléstia que aterroriza 9 em cada 10 pessoas (afinal sempre tem algum maluco que diz amar uma segundona de quinta). Clique aqui para ler o texto e descubra que, talvez, a culpa não seja do Faustão, mas sim do seu emprego...

Nota da autora: Jornalista procura oportunidade de trabalho. Interessados, enviar e-mail para palomadesegunda@gmail.com (favor não reparar no termo 'de segunda'. Isso não diz respeito à sua competência profissional, QUE FIQUE BEM CLARO. Ela apenas está cansada de sofrer todo santo domingo. E de culpar o Faustão, coitado).

Um hambúrguer e duas patadas, please!


Sempre me pergunto até onde vai nosso lado ‘urubulino’. Porque todos nós temos essa coisa ‘B’, né? Vai negar? Tudo o que é trash atrai - em maior ou menor grau, dependendo de cada um, obviamente. Dia desses li em um site qualquer que uma lanchonete nos Estados Unidos é famosa por seus garçons estúpidos, que maltratam os clientes. O slogan é super simpático: “Coma e caia fora”. O nome do local é Ed Debevic’s, fica em Chicago e vive lotado, lotado, é claro – cheio de seres ansiosos para comerem hambúrgueres e, de quebra, levarem uma bela e saborosa patada. Engraçado, não? Você paga para ser mal atendido! Onde já se viu? Fiquei pensando com meus botões: será que os proprietários orientam seus funcionários a fazerem cara feia na hora do atendimento? Tipos, “seja grosso quando te pedirem algo, senão você vai pro olho da rua”? Cruzes, tudo ao contrário! Pior que fiquei com vontade de ir. Ainda mais porque vi alguns vídeos no Youtube que mostram a equipe da lanchonete em cima do balcão, fazendo uma coreografia bem de segunda (eles dançam de tempos em tempos durante o expediente). Na hora, lembrei daquela mala da Deborah Secco, quando fazia aquela mala da Sol, que sonhava em ir pra América, aquela mala de novela. Bom, mas pelo menos quem vai ao Ed Debevic’s já sabe (e vai justamente por isso, imagino) que o atendimento é nota zero. Melhor do que ser pego de surpresa, concorda? Porque nada tira mais o apetite do que um garçom grosseiro e mal-humorado – e olhe que já cruzei com vários pelos bares da vida...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Clicando e (des)aprendendo


Hoje o estagiário aqui do meu departamento me falou de um site chamado Desciclopédia. Vocês conhecem? É uma sátira à Wikipédia, aquela enciclopediazinha virtual bem de segunda, mas que vira-e-mexe dá um help básico antes de encarar uma pauta cabeluda, ou um papo cabeça que algum amigo nerd decide travar com você pelo Messenger, numa segunda-feira de quinta. Ahhh, Santo Google! Que seria de nós sem ele, me diz? Bom, mas falemos da tal Desciclopédia: parece um site bem divertidinho. Ainda não fucei muito, mas o texto de boas-vindas diz:

“Bem-vindo(a) à Desciclopédia, uma (de)enciclopédia escrita em colaboração pelos seus leitores. Este site utiliza a ferramenta Wiki, que permite a qualquer pessoa, inclusive a você, piorar de imediato qualquer artigo clicando em editar no menu superior de cada página. Se tiver dúvidas como editar clique em ajuda de edição (no fundo da página). Sim, você também pode editar!”.

Ou seja, a idéia é: quanto mais de segunda for a explicação para qualquer termo, fato ou personagem histórico, melhor. Gostei. Até montagem de foto rola, tipo essa aí do Bach à la Robertão, soltando o gogó. Tudo surreal. Dá uma espiada também, e se descobrir algo bem trash, conte aqui pra gente!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A língua do Sabiá


Já experimentou uma apetitosa porção de língua de boi defumada? Nããããão? Pois vou te dizer: não sabe o que está perdendo! Semana passada eu e a Rô fomos ao Sabiá, na Vila Madalena, um dos botecos de primeira que nos inspirou a criar o Garotas de Segunda. O lugar, que desde dezembro do ano passado funciona sem placa, em um clima pra lá de informal, com grandes janelas e paredes nuas, tem um menu de porções que começa com fígado, moela, língua, jiló e coisas do naipe. Bom, depois de "mandar ver" em algumas taças de vinho, confesso que me senti devidamente preparada para mergulhar nessa porção exótica. É bem verdade que tenho certos bloqueios alimentícios, e ao contrário da minha parceira, não adoro um bom bife de fígado acebolado, mas o blog me dá coragem pra experimentar de tudo. Acho que se um dia alguém me disser "hummmm, essa porção de grilos fritos é deliciosa", vou ter cacife para provar, mesmo sentindo o estômago embrulhar. Agora sim posso compreender um pouco melhor a Sabrina Sato comendo minhocas no Pânico! Bom, mas exageros à parte, o papo aqui é língua de boi, nada tão de outro mundo. Como nunca tinha visto uma porção dessas na frente, imaginava pedaços meio gordos e asquerosos, mas quando um dos donos do Sabiá, Wanderlei Alvarenga, mandou o garçom "descer" o quitute em nossa mesa, me surpreendi com a estética: parecem pedacinhos de presunto parma, ou algo tão apetitoso quanto. Deu mesmo vontade de experimentar! E o gosto é ótimo; fica ainda melhor com algumas gotinhas de mostarda. Acompanhada de um chopp gelado então, nem se fala... Passa lá, prova e depois diga aqui se não estou coberta de razão...

E você, já provou alguma comidinha exótica? Conte pra gente, mande sua dica de receita de primeira, com carnes de segunda... (Por exemplo, a iguaria mais diferente que o Wanderlei, do Sabiá, já se arriscou a experimentar foi testículo de boi. Ui! Será que a gente encara provar isso um dia, Rô?)

PS. Rosane diz: "Eu também tinha nojo de língua, mas assim defumada, parece um salaminho qualquer, muito gostoso com mostarda."

SABIÁ BAR E RESTAURANTE
Rua Purpurina, 370, Vila Madalena – São Paulo/SP
Fones: (11) 3816-1872 / 4508-3554

quarta-feira, 4 de junho de 2008

De sexta a segunda

É assim com você também?

Garotas no divã

Olha que "chique no último", o Garotas de Segunda recebeu uma critica-link bem temperada no blog Um Divã na Cozinha, da Regina Bui. A chef comenta o tema com propriedade, especialmente ao falar sobre as carnes de segunda, que podem, sim, sim, sim, ser de primeira. Tempero é tudo nessa vida, e o texto da Regina tem (imagine o rango!). Não por acaso, esse papo de divã me remeteu a imagem de um fogão a lenha. Qualquer conversa mole tem tudo para virar um papo de primeira em volta de um fogão aceso. Muchas gracias, Regina! E quem quiser que conte outra...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Segunda no sofá

Hoje minha noite vai ser no sofá. Sou noveleira assumida. Adoro jantar vendo novela. E andava com saudades de uma boa trama. "Duas Caras" nunca me pegou, nem de relance. Já "A Favorita", que estréia hoje, promete uma boa história de vingança. Depois quero conferir o programa de humor CQC (Custe o que Custar) da turma do Marcelo Tas e do Rafinha, na Bandeirantes. Dizem que é de rolar de rir. Achei esse vídeo, que dá uma palhinha. E você, o que vai fazer hoje à noite? Tem algum programa de primeira para indicar?