quarta-feira, 25 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

Um moço de primeira!

Quando iniciamos os trabalhos deste blog, eu e minha parceira Rosane tínhamos traçado uma difícil missão: sair às ruas paulistanas nas noites de segunda-feira à caça de programas capazes de salvar este terrível, cruel e tenebroso dia da semana. Porém, pouco depois da instituição das garotas de segunda no maravilhoso mundo dos blogs, eis que surge uma pedra em nosso caminho: o super-mega-blaster Custe o Que Custar, vulgo “CQC”, que passou a ser exibido pela Bandeirantes no ano passado – e acabou com nossas noitadas no início da semana. Impressionante: ninguém mais quer saracotear na segunda! Tudo por causa do CQC… Pois bem, sendo assim, resolvi contactar um dos "moçoilos de preto" para participar do nosso Quiz GS. Na maior tranquilidade, sabecumé? Os rapazes estão na crista da onda, chiquetérrimos, coisa e tal, então já estava contando com aquele “chá de cadeira virtual", típico dos famosos que certamente recebem uma penca de e-mails com pedidos de entrevista todo santo dia. Mas que nada! Rafael Cortez, o intrépido repórter de primeira (primeiríssima!) do programa, respondeu meu e-mail quase que no mesmo instante. E não foi com aquele blablablá popstar de "respondo depois" não... Já mandou resposta e tudo! Olha que prontidão magnífica! Se eu já era fã, imagina agora…

QUIZ GS

1 – Minha definição de segunda-feira:

Dia de ver o CQC na TV e rezar para não ter pauta na hora do programa… 

2 – Uma receita de primeira com ingredientes de segunda:

Buxada de bode num restaurante francês…

3 – Uma balada de segunda(-feira):

Bar Filial, na Vila Madalena, logo após o CQC… com todo o elenco.

4 – “Parece de segunda, mas é de primeira”:

Rafael Cortez.

5 – “Parece de primeira, mas é de segunda…”

Rafael Cortez.

6 – Uma pessoa de primeira:

Dona Marisa… É a primeira-dama, né?

7 – Uma attitude de quinta:

Qualquer uma que seja tomada um dia depois da quarta-feira.

8 – Um programa de quinta:

Madrugadas no Orkut.

9 – Um dia em que eu me senti de segunda:

Hã?

10 – Um antídoto contra a TPS (Tensão Pré-Segunda):

Perguntem para o Garfield! Ele odeia as segundas… eu não!

Rafael Cortez, 32 anos, é ator, músico e jornalista.

"São tantas coisinhas miúdas..."

Putz, me animei com meu post abaixo sobre os miúdos e fiquei pensando numa música-tema para o Garotas de Segunda. Me ocorreu essa frase do "Grito de Alerta", do Gonzaguinha. Fui parar num Roberto Carlos especial de 1979, Bethânia de cabelos pretíssimos e dentes branquinhos, arrasando desde sempre. Será que essas tantas coisinhas miúdas refletem o espírito do blog? Qual seria a nossa trilha sonora? Sugestões aqui...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Moças e miúdos



Mercado da Lapa. São Paulo. Terça-feira, meio da tarde.
Fígado, moela, rabada, bofe (!), cérebro de boi... Eca! Cérebro já é demais.
- Vocês gostam dessas coisas?, perguntei às duas mocinhas debruçadas sobre o balcão do "Rei dos Miúdos". - Não..., dizem, com carinha de nojo. E continuam papeando entre elas os assuntos miúdos de duas adolescentes.
Não deve ser divertido vender algo de que não se gosta. Mas fiquei intrigada mesmo com o cérebro do boi. Com a mesma aparência de cérebro humano, embaladinho. Sei que os argentinos comem. Na grelha. Mauricio, meu partner, conta que comeu quando era moleque. À milanesa. "É gostoso... Parece uma musse, é molinho." Eca 2! Mais essa. O miolo é mole. Alguém já provou?

segunda-feira, 9 de março de 2009

WC de primeira

Todo banheiro tem um trono, mas nem todo trono tem um rei – ou, no nosso caso, um presidente. Explico: Barack Obama está no banheiro aqui de casa. Sim, é isso mesmo: eu e Elisa, minha companheira de lar, levamos adiante mais uma (de muitas!) idéias mirabolantes, e mandamos imprimir uma fotografia maravilhosa do king of the world para pendurar em frente à nossa privada. A justificativa é mais do que simples: somos obametes assumidas. Suspiramos sempre que ele aparece na tevê. Invejamos a Michelle. E somos bem resolvidas, bem criativas e bem humoradas, modestia à parte. Prova disso é que sábado agora fizemos um open house para inaugurar a nossa casitcha e foi ele, nosso Obama, a sensação da festa. Foi ele o centro das atenções da noite. Teve gente que fez até foto! Mas o melhor da história foi quando levamos a fotografia no Nivaldo, dono de uma molduraria pequenininha ali na avenida Pompéia: ele, obviamente, não acreditou que queríamos fazer um quadro todo pomposo com o presidente dos Estados Unidos. Pra piorar a situação, eu e Elisa encasquetamos com a moldura de um quadro que já estava pronto, pendurado na parede da lojinha. Era branca, toda trabalhada, clássica, à altura de nosso Obama! Resultado: Nivaldo, um figura mega-master simpatico e querido, teve que desmontar seu quadro para satisfazer nosso desejo. E caiu na gargalhada quando soube que todo esse esforço acabaria num banheiro. Agora que nossa obra de arte já está em seu devido lugar, cada um faz a sua interpretação: a gente aqui costuma dizer que tomou banho com o presidente. Já um amigo da Elisa, o Ênio, fez uma analogia "interessante" sobre a posição estratégica da fotografia com o "bordão" Yes, We Can - ele até nos mandou de presente essa imagem de primeira (que ilustra este post e que eu adorei) para pendurarmos na porta do nosso WC… Não é inspirador? E você, o que acha da idéia de ter Mr. Obama no banheiro? Conhece mais alguém que pendurou a fotografia do presidente americano no toalete?

sexta-feira, 6 de março de 2009

Dar sem receber


Todo mundo quer uma graninha. Todo mundo quer levar algum. Difícil encontrar alguém que dê um ponto sem nó... Parece tão incrível que uma pessoa faça um favor sem esperar nada em troca que, quando acontece, a gente demora a acreditar. No sábado do último Carnaval, eu fui surpeendida por uma "boa açao". A caminho de Paraty, parei num posto para abastecer. Não tinha tirado dinheiro, levava apenas 30 reais na carteira, além do fiel Visa Electron. Na hora de pagar os 50 reais, deu "transação nao autorizada". Por falta de fundos. Mas eu tinha dinheiro na conta! E nem era pouco. Liguei para o Fone Fácil e, sabe deus porque, meu dinheiro estava preso numa aplicaçào (sim, eu tinha uma, mas com baixa automática. Fiquei sem entender, e mesmo que eu pedisse a baixa, o dinheiro só estaria disponível na conta no próximo dia útil, ou seja, na Quarta-feira de Cinzas!
Que ironia: há alguns meses, eu não tinha dinheiro porque não tinha mesmo. Agora, eu não tinha dinheiro porque tinha. Meu cartão de crédito estava no limite. O posto não aceitava cheques. E a frentista (as mulheres parecem piores nessas situações) era irredutível. Nem meu Peugeot, nem a carteira transada, as unhas feitas e o talão de cheques na mão foram sinais suficientes para a moça considerar a hipótese de que meu chequinho poderia ser quente. Resumindo: eu não tinha como pagar a conta nem com os 30 reais da carteira, e ainda teria três pedágios pela frente.
Desolada, descabelada, morrendo de calor e com o olhar perdido no horizonte, ouvi alguém dizer: "Aceita o cheque dela, vai por mim. Pode aceitar." A "ordem" veio de um moço de bermudão, camiseta, cabelão e bigode, encostado na bomba de gasolina. "Você é daqui do posto?", perguntei. "Não, sou da borracharia." E vi que ele estava tirando umas notas miúdas do bolso para trocar o meu cheque. "Vou preencher um valor maior, pelo favor que voce está me fazendo", sugeri. "Não,senhora. Não esquenta a cabeça não." Ele foi tão enfático que senti que ficaria ofendido com o troco.
Perguntei o nome dele, Tiago. Agradeci e segui em frente, quase emocionada com a generosidade. Afinal, por que ele arriscaria perder 50 reais, e se eu desse um cheque sem fundos? Mas, dez quilometros depois, fui tomada pelo medo: eu tinha anotado o telefone atrás do cheque e comentado que tinha dinheiro aplicado. E se ele fosse um bandido? E se ele ficasse me ligando e me chantageando por algum motivo?
Bom, os 30 reais ainda deram para o pedágio, para o cafézinho, e cheguei à Quarta-Feira de Cinzas sã e salva. Tiago descontou o cheque. Nada mais. Um pequeno favor que não vou esquecer. Ele não ganhou efetivamente nada com isso. Mas é assim que se fabrica um bom carma. O cara é ou não é uma pessoa de primeira? E você, já fez ou recebeu um favor, sem esperar nada em troca?