terça-feira, 2 de junho de 2009

Lei de primeira



Sobre o acidente da Air France... Ontem, no didático Jornal Nacional, soube que uma lei na França proibe que sejam divulgados os nomes dos mortos em acidentes aéreos. A empresa informa apenas os familiares, e cabe a eles, se assim desejarem, informar amigos ou quem quer que seja. Me pareceu algo civilizado. Afinal, quando se perde alguém por qualquer outro motivo, não é assim? Por que os familiares precisam, além de lidar com uma dor imensa, ter de conviver com a imprensa inteira colocando fotos, históricos e nomes de seus parentes nos jornais? Por aqui, a lista está publicada desde ontem e é inevitável ler os nomes, para saber se há algum conhecido, o que facilita também o trabalho dos jornalistas, que a essa hora devem estar sendo pilhados pelos chefes para correr atrás das historias dramáticas, em detalhes. Obviamente que histórias seriam cavadas mesmo se a lista não fosse divulgada oficialmente. Mas proteger os nomes seria mais coerente e menos sensacionalista. Acho que essa lei francesa deveria vingar por aqui também. Luto é coisa de família. E a família é quem decide com quem quer compartilhar sua dor. O que vocês acham?

19 comentários:

Rosi disse...

Perfeito Meninas
Concordo em gênero, número e lei.

Mari disse...

Eu concordo plenamente...já basta a dor que se sente...não precisamos ve-la ainda mais estampada nos jornais...

Milena Serro disse...

Concordo em gênero, número e grau. Não bastassem ficarem sofrendo com o fato, que por si só, é terrível, ainda tem que lidar com os sensacionalistas. Como já foi dito, o luto é pra família.

disse...

Na verdade existe uma determinação (não sei bem de onde) para que essas listas só possam ser divulgadas aqui no Brasil depois que todos os familiares tomem connecimento. Isso acontece desde o acidente da Tam em São Paulo onde uma dona de casa soube da morte do marido pelo filho pequeno: "Mamãe, estão falando na TV que o papai morreu no avião que caiu."
Isso é terrivel.
Divulgar a lista não é nada, pior é ficar fazendo slides das fotos com aquele fundo musical bem melancolico para alanvacar ibope de programas sensacionalistas...
Bjs

Rosane Queiroz disse...

Eu continuo achando que a lista de nomes nao tem de ser divulgada, mesmo depois de informar os parentes.

Só interessa aos parentes informar quem eles quiserem, e não ao mundo inteiro.

bjos, Rosane

Ita Andrade disse...

Acho!
Encontrar o nome de um conhecido ja é lamentavel que dirá ler o nome de um amigo numa dessas infelizes listas, como ja aconteceu comigo, naquele desastre da Tam em 1996. Sinceramente não tive coragem de olhar a lista que divulgaram agora. Acho a lei de primeira sim e esta imprensa que se alimenta da dor alheia, sem categoria.

Telma Maciel disse...

FATO! Concordo com essa lei francesa. Deveriam mantes em sigilo os nomes de qquer vítima de acidente público assim.
Deve ser terrível, alem de viver um luto assim, ter que ver/ouvir a todo momento o nome da pessoa em jornais, etc.

Dona Pimenta disse...

Concordo plenamente!
Apoiado!
Bjs
Pimenta

ana disse...

triste é precisar de lei pra existir respeito a dor...OK, isso é muita utopia, mas respeito não deveria precisar de lei, né?

Flavio Ferrari disse...

Só o que muda isso é a educação.
Se o povo gosta de ver a lista e conhecer as histórias dramáticas, a imprensa publica.

Lúcia Soares disse...

A imprensa vive do sensacionalismo.Toda tragédia dá um bom rendimento. Não vejo que diferença faz que se noticie os nomes. Não vejo porque não falar sobre os envolvidos, desde que seja com absoluta conivência das famílias.A curiosidade faz parte do ser humano. Só não pode descambar pro melodrama.

Annie Manuela disse...

Concordo, mas por aqui a coisa é tão bagunçada que se consegirem fotos dos mortos, alguns imbecis são capazes de divulgar...
Essa lei precisa chegar por aqui também e logo.

Adorei o blog de vocês. E vcs são totalmente de primeira, eu como futura jornalista quero quero conseguir chegar um pouquinho perto do que vcs fazem.

Bjks.

Luyza ϟ disse...

Oi, Rosane. Cheguei aqui por acaso e gostei logo assim, de cara. Concordo com você, a dor de perder um parente em uma fatalidade que nós ,por mais que estejamos cientes de que poderá acontecer, nunca estamos preparados, já é um tormento tão grande que não precisa ser divulgado pela mídia. Todo mundo é igual quando sente dor...
Já estou seguindo o blog de vocês, pode ser? :) Obrigada desde já. ;*

Maura Fischer disse...

Sei não... Certamente a dor dos parentes deve ser respeitada, mas me parece que talvez seja muito mais favorável à empresa aérea do que aos familiares manter os nomes em sigilo...
Meninas: tem um selinho (selinho 3)de primeira pra vocês lá no meu blog (http://coisasdamaura.blogspot.com)
Boa noite!

Lilian Moreira disse...

Concordo com os franceses!

ALOBONDER disse...

Até chegar a parte do seguro de vida. E se não for a imprensa marrom, em se tratando de uma catástrofe internacional, a opinião pública ganha os seus direitos,concorde eu ou não.
Pode-se pensar quais seres humanos de valor já não estáo mais aqui ou meramente acompanhar a cobertura jornalística.Mais exposição que as mortes em catástrofes não serão simplesmente seus nomes oficiais.

Paulinho Danascena disse...

Não concordo, acho que o trabalho da imprensa é justamente o de informar a todos, sem discriminação, e não o de omitir. O que adianta a França esconder nomes? Esconder o resultado da caixa-preta? Esconder os erros que por acaso houverem?
Saber da verdade todo mundo merece, os familiares e a nação.

Aguardo sua visita ao meu Blog
http://paulo.de.zip.net/

Cruela Veneno da Silva disse...

sem contar que o orkut da pessoa vira um inferno, e ninguem pode apagar.

conheço uma pessoa que tem uma história dramática sobre o caso...

uma das ultimas pessoas que viu o avião em solo ante da decolagem...

mas, ela não vai contar o que viu em uma das janelinhas.

beijos

Valéria Martins disse...

Querida, nomes ou fotos de menores mortos também não podem ser divulgados, mas são. João Hélio, Isabela Nardoni... Uma galeria de crianças que têm sua imagem exposta por aí, além das condições trágicas em pereceram. Enfim, coisas do nosso país. Beijocas